Considerado pela Pitchfork um dos 5 melhores álbuns dos anos 70.
“O rock positivo e multiracial do Sly and the Family Stone refletiu o otimismo do movimento pelos Direitos Civis durante os anos 60, mas à medida que o otimismo se desvanecia, ia-se transformando num radicalismo amargo. Por essa razão, Stone atravessou uma fase espiritual igualmente dolorosa. A obscuridade não era um elemento novo e único deste disco, nem da fusão pop do grupo; “Hot Fun In The Summertime” falava furtivamente dos distúrbios de Watts. Mas a piora das revoltas civis e a matança levada a cabo no Vietnam, juntamente com o seu estado emocional e o abuso de drogas, o que fez com que Stone criasse este discurso inquietante sobre o estado do país.
O álbum foi o produto resultante de inúmeras sessões e overdubs, nas quais Stone, completamente encharcado de cocaína, decidiu gastar as fitas de gravação. Dizem os rumores que Miles Davis tocou trompete no álbum e o som direto da bateria disputa algum espaço com caixas de ritmo primitivas; o baixo desconcerta solto e agressivo; as guitarras com wah wah cortam como facas afiadas. O ritmo pesado de funk que domina o álbum concede ainda mais pungência às peças pop mais melancólicas do disco, “Runnin' Away” e “You Caught Me Smilin'” - momentos de ternura e alíveio entre o funk derrotado e furioso. Êxitos antigos de Sly são referenciados, mais precisamente em “Time” e “Thank You”, o tema final.
Um diagnóstico doloroso e preciso da enfermidade dos EUA e da própria desintegração espiritual de Sly alienou muitos fãs da banda e assinalou a degradação de Sly causada pelo uso excessivo de drogas. Permanece, no entanto, um álbum brilhante, um grito funk que evidencia uma alma ferida e tensa.” texto extraído do 1000 Discos Para Ouvir Antes de Morrer (pg. 223).
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“O rock positivo e multiracial do Sly and the Family Stone refletiu o otimismo do movimento pelos Direitos Civis durante os anos 60, mas à medida que o otimismo se desvanecia, ia-se transformando num radicalismo amargo. Por essa razão, Stone atravessou uma fase espiritual igualmente dolorosa. A obscuridade não era um elemento novo e único deste disco, nem da fusão pop do grupo; “Hot Fun In The Summertime” falava furtivamente dos distúrbios de Watts. Mas a piora das revoltas civis e a matança levada a cabo no Vietnam, juntamente com o seu estado emocional e o abuso de drogas, o que fez com que Stone criasse este discurso inquietante sobre o estado do país.
O álbum foi o produto resultante de inúmeras sessões e overdubs, nas quais Stone, completamente encharcado de cocaína, decidiu gastar as fitas de gravação. Dizem os rumores que Miles Davis tocou trompete no álbum e o som direto da bateria disputa algum espaço com caixas de ritmo primitivas; o baixo desconcerta solto e agressivo; as guitarras com wah wah cortam como facas afiadas. O ritmo pesado de funk que domina o álbum concede ainda mais pungência às peças pop mais melancólicas do disco, “Runnin' Away” e “You Caught Me Smilin'” - momentos de ternura e alíveio entre o funk derrotado e furioso. Êxitos antigos de Sly são referenciados, mais precisamente em “Time” e “Thank You”, o tema final.
Um diagnóstico doloroso e preciso da enfermidade dos EUA e da própria desintegração espiritual de Sly alienou muitos fãs da banda e assinalou a degradação de Sly causada pelo uso excessivo de drogas. Permanece, no entanto, um álbum brilhante, um grito funk que evidencia uma alma ferida e tensa.” texto extraído do 1000 Discos Para Ouvir Antes de Morrer (pg. 223).
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