sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Os Brazões


CLÁSSICOS ESCONDIDOS DA PSICODELIA NACIONAL:

[1969] Os Brazões

Integrada por Miguel e Roberto nas guitarras, Eduardo na bateria e Taco no baixo, Os Brazões era a banda que acompanhava Gal Costa no final dos anos 60; também foram eles que acompanhavam Jards Macalé quando este, sob as vaias de um público confuso e irado, cantou/encenou Gothan City no IV Festival Internacional da Canção, em 1969. Esta música, entre outras de Tom Zé, Gil e Jorge Ben, compõe este único disco da banda, em interpretações distorcidas, reverberantes e extremamente lisérgicas.

Cultivavam um estilo imerso no tropicalismo, com altas doses de psicodelia, evidenciada pela guitarra fuzz de Roberto e pela guitarra wah wah de Miguel. O rico trabalho de percussão, as letras em português e a utilização recorrente de ritmos regionais, completam a fórmula sonora dos Brazões.

Os Brazões é uma das mais interessantes bandas da psicodelia brasileira. Este disco, que em determinados momentos parece estar a frente do seu tempo, com pinceladas bastante elaboradas de rock e até de fusion, lamentavelmente é o único legado da banda. Um grupo que com certeza poderia ter ido muito longe.


Faixas:
01. Pega a Voga Cabeludo
02. Canastra Real
03. Módulo Lunar
04. Volksvolkswagen Blue
05. Tão Longe de Mim
06. Carolina, Carol Bela
07. Feitiço
08. Planador
09. Espiral
10. Gotham City
11. Momento B/8
12. Que Maravilha

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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Country Joe and The Fish



CLÁSSICOS ESCONDIDOS DA PSICODELIA:

COUNTRY JOE AND THE FISH - "Electric Music For the Mind and Body" (1967)

No 1000 Discos Para Ouvir Antes de Morrer, conta-se: "Joe McDonald, ativista de esquerda antes e depois de passar um período na Marinha, chegou a São Francisco como estudante mas rapidamente se viu absorvido pela cena musical folk e a Instant Action Jug Band (também conhecida por Contry Joe and the Fish, para fins discográficos, um nome que invocava Stalin e Mao). No Verão de 1966, a banda trocou os intrumentos de folk por guitarras elétricas e, graças ao segundo maxi-single, o grupo foi contratado pela Vanguard, um selo de música clássica e folk com base em Nova York (e que presenciava agora a transformação da sua rival Electra num credível selo de rock).

Naquele tempo, São Francisco era um berço de estudantes radicais, estimulados por LSD e pela política. Na música, o psicodelismo encontrava-se numa fase inicial, com algumas bandas conscientes das possibilidades que o ano de 1967 tinha para oferecer. O LP do The Fish abriu as portas a tudo o que viria a acontecer nos anos seguintes - mesmo com a insistência do selo na ausência da canção ao vivo mais popular do grupo, "I Feel Like I'm Fixin' To Die Rag".

Tecido com ácido e ritmos ácidos, Electric Music é um dos produtos mais coesos do Verão do Amor e da geração hippie; as guitarras oscilam entre a calma e a completa inquietação; as letras contêm ataques satíricos contra Lyndon Johnson ("Superbird") e epopéias sobre drogas ("Bass Strings"); há blues, folk e rock para satisfazer todos os gostos. E no acordar que motivou este álbum, alterara-se o clima emocional do país, os seus jovens e a sua música." (pg 102).

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sábado, 22 de dezembro de 2007

Novos Baianos



NOVOS BAIANOS - "Acabou Chorare" [1972] e "F.C.." [1973]

Recentemente eleito pela revista Rolling Stone o melhor álbum da história da música popular brasileira, Acabou Chorare é o grande clássico dos Novos Baianos. André Domingues, em seu livro os 100 Melhores Discos da MPB, escreve: “Com uma rica mistura de rock e ritmos regionais brasileiros, foi um grupo fundamental para a definição dos traços da MPB dos anos 70. O núcleo principal do conjunto era, inicialmente, Moraes Moreira, Luiz Galvão, Paulinho Boca de Cantor e Baby Consuelo. A eles, somaram-se alguns bons instrumentistas (a exemplo do guitarrista Pepeu Gomes, do baterista e cavaquinista Jorginho Gomes e do contrabaixista Dadi), que, além de participar de sua música, aderiram ao seu singular modo de vida – no final dos anos 60, em plena efervescência do movimento hippi, o grupo seguia uma filosofia alternativa em que todos faziam música e moravam juntos. Essa vivência coletiva permitiu uma intensa troca de idéias, sendo decisiva para a originalidade e a coesão da estética do conjunto, um tanto inspirada no experimentalismo sonoro do tropicalismo. Acabou Chorare, o segundo e principal álbum do grupo, é o maior exemplo da qualidade e ousadia que o celebrizou. É um disco impecável sob qualquer ponto de vista, pois a poética inovadora e brejeira de Galvão, marcada pela livre associação de imagens e pelo largo uso de neologismos, foi complementada à altura pela espantosa musicalidade do conjunto, mas, sobretudo, de Moraes, seu principal parceiro.

Outro elemento que influiu bastante na confecção dessa obra-prima foi o contato íntimo que os Novos Baianos vinham tendo com o mestre bossanovista João Gilberto. João, que já havia se encantado com a música e o modo de vida dos rapazes, passou a visitá-los diariamente assim que os conheceu. Sempre com o violãio em mãos, João fez com que os Novos Baianos começassem a dar maior atenção aos clássicos da música brasileira e, em especial, aos grandes sambistas do passado. Sua influência é percebida diretamente em duas canções: a bossanovista “Acabou Chorare” e o samba “Brasil Pandeiro” (de Assis Valente, que o próprio João lhes apresentou). Indiretamente, João também se faz presente nos outros dois sambas do disco, os excelentes “Swing de Campo Grande” e “Besta é Tu”. As faixas “Tinindo Trincando” e “A Menina Dança” lembram a outra grande influência do grupo: o rock, ou, mais especificamente, o rock de Jimi Hendrix (o maior ídolo do então jovem, mas já competente, Pepeu). A interessante “Mistério do Planeta” também lembra a música de Hendrix, mas em suas composições em compasso ternário. (...) Curiosamente, o maior sucesso do disco não é rock nem samba, mas uma moda inspirada em versos tradicionais da cana-verde: Preta Pretinha. Essa música encantou o Brasil e ajudou a impulsionar o sucesso das demais que, sem exceção, se tornaram conhecidíssimas. Os Novos Baianos separaram-se em 1978 e, tirando Moraes Moreira, nenhum deles conseguiu repetir, sozinho, o brilho dos anos dourados do conjunto.” (pgs. 36-37)


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"Acabou Chorare" (1972)
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"Novos Baianos F.C." (1973)
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:: mutantes ::



MUTANTES - "...e seus cometas no país dos Baurets" (1972)

"1972 é o primeiro ano (chave) do resto da vida do Mutantes. Com o Baurets, Rita Lee dá adeus ao grupo. Mas antes, se une a Arnaldo, Dinho, Liminha & Sérgio no álbum mais rock'n'roll da banda. De "Posso perder minha mulher, minha mãe, desde que eu tenha meu rock'n'roll" até "Rua Augusta", o disco é uma pauleira (ou lenha, como gosta de nomear Arnaldo Baptista) do começo ao fim. E dá-lhe rock and roll em "Dune Buggy", "Beijo Exagerado" e "A Hora e a vez do Cabelo Nascer" (esta magistralmente regravada pelo Sepultura). Em contraponto, as suavidades ácidas de "Vida de Cachorro" e o hit dos hits do grupo, "Balada do Louco". No setor lisergia, a ópera-surrealista-progressiva de Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets, que inclui uma releitura de "Tempo no Tempo / I Once There was a Time i Thought", do primeiro disco; e a vinheta dadísta "Todo Mundo Pastou I e II". Ainda sobre o Baurets, resta dizer que o título do álbum e a canção homônima relêem mais um pilar da literatura mundial, o inglês Lewis Carroll, e seu Alice no País das Maravilhas. É, obviamente, o senhor Bill Halley e seu topete chuca e seus comets". (Marcelo Dolabela - bhz out/nov 1999)

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Belle And Sebastian


[2002] Peel Session Christmas Party

A banda escocesa foi a convidada para embalar a festa de natal do programa do saudoso e inesquecível John Peel, pra mais uma edição dos famosos Peel Sessions. O show aconteceu no dia 18 de dezembro de 2002, transmitido pela BBC. Das 16 faixas tocadas, são alternados clássicos natalinos e os clássicos bellesebastianos.

Para quem não quer passar o Natal tendo que aturar o cd do Roberto Carlos da sua vó ou a sonolenta Missa do Galo.

Ponha o disco do Belle e encha seu prato de comida. E torça pra que nenhum bom velhinho apareça pra te encher o saco.


Tracklist:

01. O Come, All Ye Faithful
02. Christmas Time Is Here
03. Santa Claus
04. Step Into My Office, Baby
05. Jonathan David
06. Santa Claus, Go Straight To The Ghetto
07. Photo Jenny
08. Silent Night
09. O Little Town Of Bethlehem
10. Santa, Bring My Baby Back To Me
11. If You Find Yourself Caught In Love
12. The Boy With The Arab Strap
13. O Come, O Come, Emmanuel
14. Get Me Away From Here, I'm Dying
15. I Took Some Time For Christmas
16. The Twelve Days Of Christmas

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quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

:: Nina Simone ::


NINA SIMONE - "Wild Is The Wind" (1966)

No 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer, editado por Robert Dimery, o crítico Jim Harrington escreve: "Nina Simone podia cantar blues como Billie ou jazz como Ella. Estilisticamente falando, nunca foi tão consistente como nenhuma delas e isso criou um grande obstáculo na sua carreira, pois os críticos subestimaram-na. Mas em meados dos anos 60 tinha demonstrado a si mesma que podia sentir-se igualmente cômoda nos mundos do jazz, broadway, gospel, pop e folk. Nina era capaz de criar uma música tão satisfatória quanto confortante em todos os gêneros musicais que experimentou. Embora tenha sido compilado com sessões de estúdio e gravações ao vivo entre 1964 e 1965, Wild Is The Wind é o melhor exemplo de como o ecletismo de Simone podia dar origem a uma obra musical coesa. O disco exibe uma variedade assombrosa; os onze temas levam o ouvinete numa viagem sinuosa, mas sempre convincente, por emoções e estilos distintos.

Simone está exultante no tema de abertura "I Love Your Loving Ways", que faz com que o tema melancólico que se segue, "Four Women", resulte ainda mais devastador. A canção, que relata os infortúnios de quatro mulheres negras, fervilha com uma espécie de raiva contida que matrizará grande parte do material de orientação política da compositora.

"Why Keep On Breaking My Heart" e "Either Way I Lose" parecem destinadas a satisfazer a maioria do público consumidor de pop que tinha convertido a versão da cantora de "I Loves You, Porgy" (um tema original de Gershwin) num êxito de 1959. Mas a cantora melhora a sua interpretação quando se preocupa principalmente por se satisfazer a si mesma. O tema que dá título ao disco tem uma duração aproximada de 7 minutos e é uma canção de amor que pode ser categorizada entre o melhor do repertório de Simone." (pag. 98)

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quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Beastie Boys


[1996] The In Sound From Way Out!

Esses três judeus branquelos de Nova Iorque tiveram a audácia de entrar em um mundo hip-hop totalmente dominado por negros e mostraram que os brancos também levavam jeito nos ritmos e batidas de rua. Eminem tem muito o que agradecer a esses caras.

Se no primeiro disco (Licensed To Ill, 1986) eles misturaram rap com riffs de metal rock, a partir de Paul's Boutique (1989) eles começavam a revolucionar a palavra Rap, tranformando-a e incorporando elementos como jazz, dub, funk, samples, música experimental, oriental e o que mais pudesse ser absorvido por essas verdadeiras esponjas ambulantes. Lembrando que antes de tudo isso eles tinham uma banda punk/hardcore, foram convidados pelos Bad Brains pra dividir turnê e chegaram inclusive a se apresentar nos lendários clubes Max's Kansas City e CBGB.

Influenciaram qualquer outro grupo do mundo que, após eles, queira misturar rap com outros gêneros de maneira tão brilhante e harmoniosa. Ainda arrumaram tempo de fazer videoclipes dos mais bacanas e divertidos que já vi.

Nesse disco de temas instrumentais, tiradas de seus discos anteriores, principalmente de Check Your Head (1992) e Ill Comunication (1994), eles fazem verdadeiras jams sessions que servem de fundo pra qualquer coisa que você esteja fazendo ao ouvir, desde relaxar no sofá ou puxar uns passos de dança. Esse ano eles lançaram um outro disco instrumental, mas dessa vez com temas totalmente inéditos, que se tornou pra mim um dos grandes lançamentos do ano.

Se ninguém ainda reparou, eu sou fã desses caras.

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terça-feira, 18 de dezembro de 2007

:: BOOST PRA INDIELÂNDIA :


PLANO PRÓXIMO - "Wasabi" (2007-2008)


Pra dar inicío ao BOOST PRA INDIELÂNDIA (o nome é besta, eu sei! aceitamos sugestões melhores!), projeto do Depredando o Orelhão que pretende divulgar bandas independentes bacanas, apresentamos ao nosso fiel público frequentador o ótimo Plano Próximo e seu álbum debut. Em resenha sobre o show dos caras no último Groselha Fuzz, soltamos no Dirty Little Mummie:

"Outra banda novinha em folha que empolgou estes jornalistas até o tutano de seus ossos gonzo foi a Plano Próximo, de São Carlos, banda tipicamente universitária que faz algum do melhor rockinho moderno que vimos em cima de um palco nos últimos tempos. Composta por amigos de facul, a maioria deles que cursavam Imagem e Som na UFSCar, a banda faz uma mistura muito bem realizada entre um “dance-rock” que lembra o The Rapture, Kasabian e Peaches e uma espécie de new wave do século 21 que soa como o encontro do Blondie com o Franz Ferdinand. A vocalista Carol, com uma presença de palco impressionante, uma voz poderosa e um figurino sexy e provocante, chefia a banda – que ainda conta com a baixista Rachel, os guitarristas Gustavo e Ian, e o batera Daniel. A banda cita como influências Elastica, Weezer e Yeah Yeah Yeahs. Se fosse uma banda inglesa, tinha tudo para ser alvo de um mega hype na NME e ter algum single explodido nas paradas. As letras são em português, o que dificulta um pouco a penetração no mercado no exterior, mas o som da banda teria tudo para seguir a onda de Cansei de Ser Sexy e Bonde do Rolê e marcar presença na cena indie internacional.

A banda já gravou seu disco de estréia, com 12 músicas próprias, que possui uma qualidade de produção bem acima da média para uma banda independente – o Plano Próximo tem o privilégio de possuir dois membros que trampam em estúdios e que manjam de produção musical..."

O disco, divertido e moderninho, feito por gente que parece antenadíssima com as últimas novidades do indie gringo, contêm pelo menos duas pepitas deliciosas e candidatas a hits instantâneos do rock independente nacional: a bonitinha balada guitar "Eu Só Queria Conhecer Seu Cachorro" e o punk moderno de "Vou Capotar". Aí vai, pois, o álbum de estréia do Plano Próximo. Divirtam-se!

(Saiba mais visitando o myspace da banda...)


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(p.s.: Bandas da cena independente que estejam interessadas em serem resenhadas por aqui e terem seus álbuns disponibilizados para download, favor entrar em contato conosco pelo educmoraes@hotmail.com. Na próxima edição... VISITANTES!)

domingo, 16 de dezembro de 2007

:: regina spektor - parte I ::


Pra quem ainda não foi apresentado a essa pequena nova gêniazinha, digamos o básico: REGINA SPEKTOR é uma guria russa de origens judias, treinada classicamente no piano e detentora de altos talentos para a poesia, que emigou da União Soviética para o EUA antes dos 10 aninhos de idade. Começou sua carreira musical como uma pianista/compositora/cantora vinculada à cena "anti-folk" do East Village de Nova York, um ambiente com uma reputação de boêmio, intelectualizado e politizado.

Depois de ter sido apadrinhada por Julian Casablancas, tendo feito tour e gravação junto com os Strokes, e ter assinado com uma grande gravadora para o lançamento do sensacional Begin To Hope (2005), Regina consolidou-se como um dos maiores talentos femininos do atual panorama sônico mundial. Daria para fazer altas comparações, um tanto grosseiras e bobas, mas que dão uma boa noção do som que vos espera: ela é uma espécie de Tori Amos menos melosa, uma Fiona Apple menos dramática, uma Aimee Mann menos tímida, uma Ani DiFranco mais cool e descolada ou uma Joni Mitchell mais punk...

O que poucos sabem é que existe muito ouro antes de Soviet Kitsch, o primeiro álbum que causou algum impacto em termos de pública e crítica. Pois o Depredando o Orelhão começa hoje a postagem das OBRAS COMPLETAS de Miss Spektor com o esplêndido álbum de estréia, 11:11, de 2001, uma pérola poética e subversiva de primeira linha - o tipo de obra de arte que sobe até as estrelas nas asas de somente isso: uma menina geniosa sentada ao seu piano com um microfone... Desde o disco de estréia da Fiona Apple eu não sentia meu queixo cair tão lá embaixo com um debut de uma jovem compositora. Altamente recomendado.


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sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

:: regina spektor - parte II ::

"Songs" (2002) - o 2o disco de estúdio.

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:: regina spektor - parte III ::

Uma raridade: show completo de Regina Spektor no Sin-É de Nova York, em Agosto de 2003, no mesmo café chique em que Jeff Buckley começou sua carreira.

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Teenage Fanclub


A melhor banda de power pop do universo realizou uma sessão acústica nos estúdios de uma rádio na França. No ano de lançamento da grande obra-prima do grupo, Grand Prix, o repertório incluiu cinco faixas do disco de 1995. No formato sem guitarras, as canções não perderam em nada sua qualidade, mantendo todos os instantes mágicos de cada acorde de suas versões originais.

"Starsign" foi a única música não presente em Grand Prix a entrar no set list - canção do clásssico disco Bandwagonesque, eleito pela revista Spin o melhor lançamento do ano de 1991. (1991! Ano em que discos históricos como Nevermind, Ten, Out Of Time, Achtung Baby, Loveless e tantos outros também foram lançados).

Eles ainda tocam uma cover do sensacional Creedence Clearwater Revival. Com apenas sete canções, eles fazem um show pra se ouvir várias vezes ao dia.

"(Don't look back) on an empty feeling"

White Session (session acoustique),
France Inter Radio, France
11th April 1995

1. Don't Look Back
2. Say No
3. Starsign
4. I'll Make It Clear
5. Sparky's Dream
6. Have You Ever Seen The Rain (Creedence Clearwater Revival)
7. Mellow Doubt

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quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

:: my fair lady - com o cast original ::


Este é o segundo disco mais vendido da década de 50 (3 milhões de cópias), só perdendo para o Elvis... Sobre ele, diz Charlotte Greig no guiazinho supimpa dos 100 Álbuns Mais Vendidos dos Anos 50: "Esta gravação dos temas de My Fair Lady de Lerner e Loewe foi interpretada pelo elenco original de palco e, quando do seu lançamento em 1956, manteve-se no topo das paradas da Billboard durante 292 semanas - um recorde que até hoje ainda não foi batido.

A peça musical fora um êxito tremendo, permanecendo em cartaz durante 2.700 exibições. Foi considerada superior ao espetáculo médio da Broadway: baseada na obra Pigmaleão de George Bernard Shaw, as letras de Alan Jay lerner conservaram grande parte do espírito e da vivacidade de Shaw, enquanto que as canções de Frederick Loewe variavam do romântico ("I Could Have Danced All Night" e "On The Street Where You Live") até o humorístico ("The Rain In Spain" e "Get Me To The Church On Time"). Poucos musicais podem se vangloriar de tantos temas que se tornaram clássicos. O elenco original contava com Julie Andrews (Eliza Doolittle), de 22 anos, na sua melhor forma vocal, Rex Harrison (Henry Higgins) a aperfeiçoar seu estilo urbano de "falar a cantar", e Stanley Holloway (Alfred P. Doolittle) que conferia um toque de comédia music-hall inglesa à atuação.

Não surpreendeu que os fãs da Broadway tenham considerado esta gravação mono original do musical de palco mais pura do que o disco, tecnicamente aperfeiçoado, do filme de 1964, no qual Audrey Hepburn desempenhava o papel de Eliza, com a voz dobrada por Marni Nixon."

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:: vê uma esmolinha, seu moço! ::

Tão vendo os ads do Google que surgiram no menu lateral? Já sei o que as más línguas vão dizer: que vendemos nossas almas antes tão imaculadas ao capitalismo e ao sonho de fortunas fáceis via internet! Mas não, amigos, não somos assim tão mercenários e cafajestes... mas ter um trampo enorme desses sem nenhuma retribuição, nem financeira nem espiritual, é um tanto desanimador. Pois então: caras pessoas caridosas que depredam esse orelhão diariamente, baixando esses disquinhos trimmassa que temos disponibilizado por aqui, pedimos um pinguinho de compaixão por estas pobres carcaças terrestres que suam dia a dia para deixar no ar um blog tão legal... (e que tem ambições de se tornar cada dia melhor, mantendo-se firme na proposta de pelo menos uns 5 álbuns novos por semana, sempre com várias opções de download funfando).

Nem vamos ficar pedindo por comentários do público frequentador, porque todo mundo sabe que usuário de blog de MP3 é tudo ingrato - sai baixando e nem diz obrigado... Mas contamos com a colaboração de vocês aí para, quando não tiverem nada de melhor a fazer, clicarem nesses anunciozinhos do Google que estão por aí - pode ser? Façam uma forcinha aí, vai! (Tem uns anúncios, aliás, que são IRRESISTÍVEIS - vão dizer que não dá mó vontade de clicar neste tal de NAMORO EVANGÉLICO?!?). Lá embaixão tem também um Search recém-instalado, que é uma boa pedida para encontrar conteúdo antigo tanto no Depredando quanto na Muminha, e que está vinculado ao Google. Então pensem altruisticamente e, ao invés de saírem do blog para ir ao Google, usem o Google aqui dentro do blog mesmo - é alegria pra todo mundo. Num custa nada pra vocês clickarem nos ads e usarem o search interno daqui - - e vale um ou outro fragmento de centavo para nós aqui, estes mártires da blogosfera. Certin'? Valeu.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

:: status quo ::


STATUS QUO - "On The Level" (1975)

Tudo bem: o Led Zeppelin IV é um puta dum disco formidável, clássico supremo da história do rock and roll, objeto de culto de todos os tiozões roqueiros que conhecemos... Mas quantos de nós, mais moderninhos, não desejamos que aquela avalanche sônica de “Black Dog” e “Rock and Roll”, que inicia o álbum nos deixando com a adrenalina lá no teto, continuasse pelo disco inteiro, sem que entrassem as bonitezas folk de “Going To California” ou a longa viagem de “Stairway To Heaven”? Quem já não quis que o Led Zeppelin tivesse feito um disco com o carro sempre na quinta-marcha, com o pé pisando sempre até o fim no acelerador? Pois o On The Level, do Status Quo, é mais ou menos como seria um disco inteiro repleto de rock and roll como só o Led sabia fazer na época do IV. Fiquei completamente embascado quando descobri esse disco – como pode ser tão subestimado e obscuro, quando tinha tudo para ser um dos álbuns mais adorados da história do hard rock? Antes de baixar essa pérola, minha única informação sobre o Status Quo era uma citação, pra lá de irônica, numa música do Teenage Fanclub, no disco deles (o adorável Bandwagonesque) que mais sacaneia alegremente o mundo do metal (e as meninas metaleiras): “She wears denim wherever she goes, she says she's gonna buy some records by the Status Quo...” (em “The Concept”). Este On The Level tem uma única musiquinha de bonitezas folk, inclusive com ú-ú-ús singelos de backing vocal (“Where I Am”), mas o resto do álbum é estupidamente rockandroller – contendo clássicos como “Down Down” e “Over and Done”. Rockão empolgante, despretensioso e cavalgante, que passa por cima do ouvinte como um rolo compressor e que não decepcionará ninguém que curta AC/DC e Led - mesmo que fique a sensação nítida de que o Status Quo é uma espécie de banda de segundo escalão, que fazia nada além de uma imitação classuda dos grandes mestres. Mas vai imitar bem assim no inferno! - por Eduardo Carli de Moraes (originalmente publicado no Dirty Little Mummie)

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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

:: The Posies ::


Na Dying Days, Alexandre Luzardo escreve: "O Posies, formado em Seattle em 1987, esteve na ativa durante toda a década de 90 e escapou ileso da super-exposição do grunge. Mas por outro lado, jamais atingiu um grande sucesso comercial e acabou solenemente e injustamente ignorado. Seus dois líderes, Jon Auer e Ken Stringfellow são excelentes músicos e compositores e os álbuns da banda, devidamente aclamados pela crítica e esquecidos pelo público, são itens indispensáveis para os seguidores do power pop. Explica-se, o Posies é mais uma das bandas fortemente influenciadas pelo Big Star, revolucionária e influente banda dos anos 70 conhecida por melodias simples mas muito bem trabalhadas, de inegável apelo pop e pegada rock n'roll, o tal power pop. Nos anos 90, surgiu uma verdadeira legião de bandas influenciadas diretamente pelo som do Big Star, capitaneadas principalmente pelo Teenage Fanclub, Redd Kross e o Posies.

(...) "Frosting on the Beater" foi produzido por Don Fleming, um expert responsável pela produção de discos como "Sweet Oblivion" do Screaming Trees e "Bandwagonesque" do Teenage Fanclub. Mais uma vez, o Posies foi elogiadíssimo pelos críticos e obteve alguma rotação nas rádios, com os singles, principalmente com "Dream All Day" e "Solar Sister". No novo disco, os temas explorados nas músicas ficaram mais obscuros e o som ficou notadamente mais pesado.

Chegou a se especular que a mudança no som da banda tinha a intenção de fazer com o Posies se adaptasse a explosão do "som de Seattle" ao que Ken Stringfellow uma vez respondeu: "Nós teríamos feito algo muito mais ridículo se nós estivéssemos tentando fazer 'grunge'. De certa forma, nós não estamos atentos ao que está acontecendo. Quando eu escuto um disco, eu não fico pensando se é popular. Eu acho o Red Red Meat e R.E.M. igualmente populares, embora saiba que o R.E.M. vende muito mais discos. Eu não sei se reajo ao que é popular". De qualquer forma, "Frosting on the Beater" não teve o sucesso esperado, e o fato é que o peso e as distorções não anularam a principal característica do som do Posies, o gosto e o cuidado pelas melodias."


"FROASTING IN THE BEATER" (1993)
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

:: quatro tetas (hoho!) ::






FOUR TET - DISCOGRAFIA COMPLETA

Uma das coisas mais interessantes da música eletrônica experimental dos últimos tempos.

Os portugas do site Body Space escrevem: "Four Tet é obra de apenas uma cabeça, a de Kieran Hebden. Membro dos Fridge desde a sua formação em 1997, Hebden decide fazer mais do que rock e envereda por uma vertente mais inventiva e experimental, munindo-se de um computador e começando a recolher e a manipular samples. O leitor mais céptico já está de pé atrás perante a descrição, desconfiando que estamos na presença de mais um entre tantos cromos do Fruity Loops que nada trazem de novo a um panorama talvez sobrecarregado, em que volta e meia surge um novo nome que, por trás de uma panóplia de técnicas “inovadoras”, acaba por limitar-se a fazer uso de fórmulas já suficientemente batidas.

Bem, neste caso o leitor mais céptico terá de dar a mão à palmatória, pois Four Tet pode muito bem ser visto como uma lufada de ar fresco no campo em que se mexe. E nem a velha desculpa “eu gosto é de ouvir instrumentos a sério!” servirá neste caso, pois é possível encontrar de tudo um pouco ao longo deste Dialogue, desde guitarras acústicas a trompetes, passando por pianos e até harpas." - nesta resenha

E ainda: "O quarto capítulo Everything Ecstatic faz de Four Tet (Kieran Hebden para os amigos) o xamã de uma celebração espiritual que há-de conduzir a um plano superior a que, por enquanto, só é possível adivinhar a forma. Conforme o próprio confidenciou ao Bodyspace, o novo trabalho almeja a um estado transcendental de euforia, êxtase, nirvana. Quis o assalariado da Domino Records, através da intensificação do apelo sensorial, atrair até ao seu círculo de influência aqueles a quem agrada mais o risco assumido pelo músico nos improvisos programados ao vivo. Depois, Everything Ecstatic mesmeriza quem apreendeu através da sua imparável dinâmica e todos eleva a um plano superior. A entidade Four Tet equivale ao Deus Ex-Machina que aguarda pelos cruciais instantes estáticos na Torre de Babel para colocar um santuário de ritmo em cada divisão e, assim, converter a confusão em boas vibrações.

(...) A lógica inverte-se e passa a ser a tempestade – de samples bronzeados e estridências encruzilhadas - a suceder à bonança. Four Tet meditou sobre a folk até atingir a clarividência. O seu quarto disco proporciona a panorâmica espiritual de alguém que interrompeu por tempo indeterminado o seu percurso e aproveitou para apreciar o que esse estrado mental lhe oferece. Neste caso, o direito a que o seu nome passe a partir de agora a ser tomado como um adjectivo e não como mais um aspirante ao apadrinhamento dessa entidade papal que conhecemos por Björk." - nest'outra

Já na FOLHA, o Alexandre Matias, entrevistando o mentor do Four Tet, Kieran Hebden, escreveu coisas como: "...ele esquece os clichês europeus de música para dançar e se mira no outro extremo para buscar inspiração. (...) Hebden cita nomes familiares ao pop negro norte-americano como os grandes renovadores do som da virada do milênio. (...) Mas o Four Tet busca a black music moderna como referência de timbres e texturas, não como base de estrutura musical. Esta segue o amálgama de referências citadas por Kieran que, com pouco mais de 20 anos, carrega um currículo de respeito.

"Gosto de estar envolvido com vários tipos de música, e sempre foi assim", ele explica. "Para mim, não existem fronteiras. A vida torna-se mais excitante se você pode ser o DJ de um clube num dia, no outro tocar guitarra numa banda de rock e no outro trabalhar em um remix."Antes de assinar como Four Tet, Kieran já tinha garantido seu lugar ao sol graças ao grupo pós-rock The Fridge.Além disso, tocou guitarra ao lado de nomes como U.N.K.L.E. e Badly Drawn Boy, quando o Fridge acabou deixando o estúdio de lado para se tornar a banda de apoio do novo talento do rock inglês. "Foi fantástico estar em uma banda por apenas alguns meses, tocando para milhares de pessoas, como apenas um guitarrista", lembra Kieran.

Kieran culpa a infância por ter se envolvido com gêneros musicais tão distintos: "Meu pai ouvia de tudo: soul, rock, jazz, country... Aí quando eu tinha 13 anos, o grunge e o lo-fi aconteceram - Nirvana, Pavement, Sonic Youth - e eu resolvi que iria ter uma banda". Entre outras influências, ele cita "Jimi Hendrix, Alice e John Coltrane, Aphex Twin, Björk, Nas, Wu-Tang Clan, Ornette Coleman, Can...".
Voilà:

DISCOGRAFIA:

Dialogue [1999]
Pause [2001]
Rounds [2003]
Everything's Ecstatic [2005]



OPÇÕES DE DOWNLOAD
:
(4 álbuns completos em WMA num zip só de 90MB)

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Kick Out The Jams, Motherfuckers!



MC5 [1969] Kick Out The Jams

Este se trata do disco de estréia de um dos grandes ícones do final da década de 60. A banda nasceu em 1965 na cidade de Detroit, por isso o nome MC5, que significa Motor City 5 (lembre-se que as grandes fábricas de automóveis dáquele país têm suas sedes nesta cidade). A banda formada por: Rob Tyner, vocal; Wayne Kramer e Fred Smith, guitarras; Michael davis, baixo e Dennis Thompson, bateria; só conseguiu assinar com uma gravadora, Elektra (mesma dos Doors), em outubro de 1968. Mas agora é que começa o fato marcante deste disco: gravadora (!) e banda resolveram que nada melhor para o primeiro disco do que gravarem ao vivo. Isso mesmo, o primeiro disco do MC5 foi gravado ao vivo em dois shows no Grande Ballroom, Detroit, nos dias 30 e 31 de outubro de 68.

O fato de o 1º play de uma banda ser ao vivo é, ainda hoje, algo impensável, inimaginável, inviável e impronunciável para qualquer gravadora, seja ela pequena ou grande. Aí está a genialidade da banda e de alguns executivos da Elektra, que acabaram fazendo deste disco um marco na historia da música.

O albúm começa com um discurso de John Sinclair, empresário da banda, mas falaremos sobre isso apenas no final. Em seguida começa Ramblin'Rose, uma música que lembra os grandes rocks do final dos anos 50 e início dos 60, com um riff de guitarra pesado, mas que dá vontade de sair dançando. Starship, uma das melhores do disco, foi feita em parceria com um músico de Jazz e que só tem uma explicação: muito LSD como inspiração.

Agora voltemos à John Sinclair, que além de empresário foi escritor e mentor do movimento de contra-cultura na cidade de Detroit. Para promover sua ideologia, Sinclair começou a empresariar várias bandas locais, dentre elas o MC5. É dele o discurso introdutório do disco que é mais ou menos como segue: ".... Irmãos e irmãs eu quero ouvir barulho, quero ver um pouco de revolução lá fora. Irmãos e irmãs chegou a hora de cada de vocês um decidirem se serão parte do problema ou parte da solução, vocês precisão decidir irmãos, demora apenas 5 segundos para perceber o seu propósito aqui no planeta e que é tempo de fazer algo e derrubar a todos eles..."

Discurso forte para a época e que resumia a filosofia mais radical da contra-cultura. Sinclair também fundou o White Panthers Party (Partido dos Panteras Brancas), uma resposta não racista aos Black Panthers. A maior premissa dos White Panthers era a exigência de liberdade cultural e econômica para todos e se achavam no direito de usar quaisquer meios para conseguir seus objetivos. O partido até chegou a lançar um candidato a presidência, o simpático porquinho Pigasus, mas infelizmente a cadidatura não foi adiante.

Você deve estar se perguntando: então o MC5 apoiava tudo isso? A resposta deixo para o baterista Dennis Thompson: "Eu não queria ficar levando bandeiras que diziam ´vamos fumar marijuana, vamos usar LSD e trepar nas ruas´ porque isso não era o MC5. O verdadeiro MC5 era uma banda de Rock and Roll, tentando ser melhor que o The Who, The Rolling Stones e The Kinks juntas". Mas apesar disso a banda ficou com uma má e errada fama de revolucionários, e este foi um dos motivos que levaram a banda ao seu final em 1972, mas esta é uma outra história.

DOWNLOAD: Mediafire - mp3 de 192 kps - 54 MB

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

:: são jimi ao vivo ::


BANDA DE CIGANOS

Para ninguém se adequa melhor o clichê "dispensa apresentações". O que necessita apresentação não é Jimi Hendrix, reconhecido quase por juízo unânime como o maior gênio da guitarra já nascido de uma mãe humana, mas esta tal de Band of Gypsys. Porque Hendrix fez história ao lado de outra banda de apoio, o The Experience, que se desfez após três discos absolutamente clássicos e responsáveis pela fama imorredoura de Jimi até hoje: "Are You Experienced?", "Axis: Bold as Love" e "Electric Ladyland". Após a dissolução desse primeiro power trio, Hendrix montou esta lendária mas menos conhecida Band Of Gypsys, que não chegou a registrar nenhum álbum de estúdio, mas cujas gravações ao vivo são tão espetacularmente fodidas de boas para nos deixarem loucos com a imaginação do que poderiam ter sido os discos dos Gypsies. Nos esbaldemos, pois, com essas gravações ao vivo. Band of Gypsys, único disco ao vivo aprovado pelo próprio Hendrix, em vida, para lançamento, contêm 6 fenomenais faixas inéditas que exploram mais o terreno do funk e do soul, mas sempre com a abordagem explosiva e incendiária característica do cara. Já o disco duplo Live at Fillmore East é um colossal registro de Hendrix em seus últimos dias - poucos meses depois ele subiria para beijar o céu nas asas de uma guitarra alada e em chamas... - contendo grandes clássicos do Experience misturados com versões fresquinhas da Band Of Gypsys.

Não só essenciais para qualquer fã de Jimi Hendrix, mas dois dos melhores álbuns ao vivo da história do rock and roll.



Band of Gypsys
(leia resenha da Pitchfork e da AMG )
DOWNLOAD: http://www.mediafire.com/?aymlbkvmde5

Live at Fillmore East (leia resenha da Pitchfork)

Navegante Estelar


Tim Buckley - [1970] Starsailor

Timothy Charles Buckley (Tim Buckley) continua sendo um enigma mais de um quarto de século após a sua morte, em 1975. Um músico capaz de compor uma melodia inolvidável literalmente à mesa do café da manhã, capaz de esticar a voz dos graves mais soturnos aos agudos mais excruciantes (sem cair no falsete). Além disso, o que ele fez, em sua carreira discográfica de pouco mais de oito anos, foi "rock" mas foi "folk", "jazz" e "soul". Para aumentar o fascínio mórbido em torno do sobrenome Buckley, Tim ainda teve um filho músico, Jeff, também excelente músico (com uma voz maravilhosa e angelical), fruto indesejado de seu casamento com a pianista Mary Guibert, também morto estupidamente, afogado nas águas barrentas do Rio Mississippi em 1997, quando tinha 30 anos.

Tim Buckley tem sido alvo de interesse renovado conforme continua a desafiar os ouvintes com um "decifra-me ou te devoro" comparável aos de Nick Drake, cantor e compositor com quem guarda algumas notáveis semelhanças. Sendo a principal, à parte as mortes precoces, a capacidade de passar da ternura à raiva num verso. Um dos traços típicos dele era pular de estilo de LP para LP, o que intrigava seus fãs e enlouquecia qualquer gravadora.

Sua obra-símbolo "Song to the siren" (Canto para a sereia) é um bom exemplo. É a tal melodia composta por Buckley à mesa do café, diante dos olhos de Beckett, em 1967. O letrista fora à casa do cantor apresentar um poema inspirado na "Odisséia", de Homero. O outro leu a letra, fez uma pausa, pegou o violão de 12 cordas e criou a música no ato, quase do modo como ela seria registrada no LP "Starsailor", de 1970. A primeira versão lançada em disco foi na voz de... Pat Boone. Um ano antes. O episódio está descrito no encarte do álbum. "Havia três ou quatro de nós em torno da mesa, completamente surpresos que algo tão lindo pudesse estar nascendo conosco ali", declarou Beckett a Barry Alfonso.

Tim Buckley morreu em 29 de junho de 1975, vítima de uma overdose de heroina e morfina.


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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

:: Tom Jobim, "Urubu" (1976) ::


Escolhido um dos 10 melhores discos da história da MPB pelo júri comandado por André Domingues, autor do excelente Os 100 Melhores CDs da MPB (Editora Sá). Sobre o álbum, André escreve o seguinte:

"Em 1976, quando lançou o antológico Urubu, Tom Jobim era tido como um gênio da música popular internacional, o que lhe permitia conceber discos sem ter de se adequar à suposta receptividade do mercado. Acontece que, depois de brilhar na explosão mundial da bossa-nova, emplacar inúmeros sucessos nos 4 cantos do planeta e ser aclamado em massa por músicos como o mito Frank Sinatra(com quem gravou 2 discos nos anos 60), o maestro carioca já não tinha mais nada a provar. O belo e delicado Urubu é o que se pode chamar de um álbum feito para si, pois exala o carinho e a despreocupação de alguém que arruma sua própria cama. Tudo saiu exatamente como foi planejado pelo autor, que, inclusive, optou por bancar sozinho toda a produção e depois oferecer o disco à Warner. Entre os muitos cuidados que teve, estão a escolha de Claus Ogerman para a criação dos arranjos, a resolução por gravar tudo em estúdios norte-americanos – o que já vinha fazendo havia um bom tempo, pela qualidade superior que tinham na época – e a seleção de excelentes músicos para acompanhá-lo: João Palma (bateria), Ron Carter (contrabaixo) e Ray Armand (percussão). A definição do repertório, quase todo de sua autoria, também não visou às paradas de sucesso, ainda que a primeira faixa, “O Boto”, tenha obtido ótima repercussão (...), que traz a única participação especial do disco, feita pela cantora Miúcha. Outra faixa memorável é “Correnteza”, de Jobim e Luís Bonfá, que, embora tivesse registros anteriores, só ficou conhecida a partir de Urubu. Há também uma releitura da famosa “Lígia”, com versos diferentes dos originais, que tem uma história curiosa: Jobim a compôs sozinho no início dos anos 70, mas em 1974, depois de já gravada por artistas como João Gilberto e Stan Getz, Chico Buarque resolveu alterar alguns trechos da letra, mas não aceitou a co-autoria, deixando uma confusão entre as duas versões. A então inédita “Ângela”, um foxe lento, fecha em grande estilo a coleção de canções do disco, com sua melodia bonita e sofisticada. A segunda parte de Urubu é composta por temas orquestrais que, sem a pretensão de marcar a música erudita contemporânea, recordam a vontade adolescente de Jobim de se tornar um concertista, trazendo à tona a influência que recebeu de Villa-Lobos – seu preferido -, Bach, Ravel e Debussy. O primeiro tema é o nostálgico “Saudades do Brasil”, que os músicos da Sinfônica de Nova Yorke, particiántes da gravação, aplaudiram de pé. Em seguida vem o lírico e introspectivo “Valse” (de autoria de Paulo Jobim, seu filho) e, depois, o contemplativo “Arquitetura de Morar”, de longo desenvolvimento. Encerrando essa segunda parte, Jobim registrou “O Homem”, um tema tenso e épico, composto sobre o ritmo vibrante da marcha para sua obra “Brasília: Sinfonia da Alvorada”, dedicada à capital do Brasil.” (pg. 26-27)


OPÇÕES DE DOWNLOAD (MP3 de 128kps - 34 MB):

domingo, 2 de dezembro de 2007

:: classicão do glam rock ::


MOTT THE HOOPLE - "All The Young Dudes" (1972)-

"Just at the moment Mott the Hoople we're calling it a day, David Bowie swooped in and convinced them to stick around. Bowie spearheaded an image makeover, urging them to glam themselves up. He gave them a surefire hit with "All the Young Dudes," had them cover his idol's "Sweet Jane," and produced All the Young Dudes, the album that was designed to make them stars. Lo and behold, it did, which is as much a testament to Bowie's popularity as it is to his studio skill. Not to discount his assistance, since his production results in one of the most satisfying glam records and the title track is one of the all-time great rock songs, but the album wouldn't have worked if Mott hadn't already found its voice on Brain Capers. True, Dudes isn't nearly as wild as its predecessor, but the band's swagger is unmistakable underneath the flair and Ian Hunter remains on a songwriting roll, with "Momma's Little Jewel," "Sucker," and "One of the Boys" standing among his best. Take a close look at the credits, though — these were all co-written by his bandmates, and the other highlight, "Ready for Love/After Lights," is penned entirely by Mick Ralphs, who would later revive the first section with Bad Company. The entire band was on a roll here, turning out great performances and writing with vigor. They may not be as sexy as either Bowie or Bolan, but they make up for it with knowing humor, huge riffs, and terrific tunes, dressed up with style by Ziggy himself. No wonder it's not just a great Mott record — it's one of the defining glam platters." (AMG ALL MUSIC GUIDE)


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(MP3 de 192kps - 95 MB)