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AIMEE MANN - @#%&! SMILERS (56 MB)
CONSTANTINES - Kensington Heights (66 MB)

Eis aí um antigo presente virtual que bolei para uma amiga e que ficou no fundo da gaveta cibernética por meses e meses, acumulando poeira. Foi agora pouco que lembrei que existia o MixWit, perdição que foi uma grande mania minha, tempos atrás. Revisitei o treco como quem abre uma caixinha de sapato infanto-juvenil onde largou todas as fitinhas que gravava direto do rádio quando era pivete. Como eu adorava toda a cultura do K7! Sou do tempo do walkman na rede, debaixo dos coqueiros, na chácara da minha vó, olhando a paisagem - ainda não aderi a esse lance do iPod no busão ou na Paulista - coisa sem romantismo! :P As velhas fitinhas davam mó trampo para fazer e adquiriam, por isso, um alto valor sentimental. Quando estragavam dava pra fazer um cházinho de fita que é um alucinógeno barato bem bacana e recomendável. Não acreditem nas objeções feitas a isso pelo Ministério da Saúde. Divagações psicodélico-nostálgicas à parte, decidi retirar do limbo esse trocinho aí em cima: arranquei a K7zinha digital do fundo do baú, assoprando forte para tirar o pó e as teias de aranha, e agora compartilho alguns dos meus mais inconfessáveis guilty pleasures - ou, para falar a Linguagem da Liga, algumas das minhas mais queridas XÁNÁNÁS... =)

"É um nerd ou é um punk?" Uma dúvida dessas deve ter surgido na mente de muita gente que viu nascer Elvis Costello em plena ebulição punk em 77 . Na capa do disco, a nerdice era estratosférica: um rapazinho com jeitão de desenho animado, vestido com um terno vermelho berrante, com as perninhas abertas de um jeito desengonçado e óculos de dimensão avantajada, segura uma guitarra que parece de brinquedo. Se o título do álbum fosse The Geeks Can Rock! seria o complemento perfeito. Mas, nas prateleiras das lojas de disco, esse estranho espécime acaba por ir parar na recém-inaugurada seção de um estilo musical juvenil então em seu início, e jaz ali bem ao lado dos Ramones e dos Sex Pistols em meio aos discos punk. What the hell?!
Único disco de Costello com o Clover como banda de apoio (daí pra frente se iniciaria uma longa e prolífica carreira junto aos Attractions), My Aim Is True é o mais rocker dos álbuns do homem, o que exala mais urgência, mais visceralidade. Os Attractions eram uma banda de apoio mais rítmica, que adicionava ao som mais texturas, que trazia teclados e fazia com que baixo e bateria ficassem mais discretos no background. Com os Attractions, Elvis Costello iria gradativamente se movendo para um campo mais de pop sofisticado e ambicioso e iria parir outros álbuns clássicos do quilate de This Year's Girl, Armed Forces e Imperial Bedroom. 

NINA SIMONE
O blues é a raiz. Todo o resto são os frutos. Por que algumas frases perdem a poesia quando traduzidas? Bom, perdem a poesia mas não o significado. O blues é a raiz de tudo. De todo o rock que escuto hoje. Quando os brancos tentaram tocar blues, saiu o rock. E cá estamos nós hoje no mundo do rock, tão longe da simplicidade e da singeleza e da tosqueira do blues. Tosqueira no melhor dos sentidos, porque eu sou a favor do tosco. O tosco é bom. O tosco é verdadeiro. Seja tosco você também.
A Nina Simone, pra mim, era uma blueswoman. Ela lançou milhares de discos, muitos com big bands, muitos com orquestras e firulas. Mas a essência da Nina é ela e o piano. Só. Espancando e acariciando, doçura e fúria, revolta e candura, rebeldia e inocência. Simplicidade. A Nina blueswoman é quem eu levaria para uma ilha deserta se soubesse fazer uma vitrola de folha de bananeira e espinha de peixe.
Ela me mata. Ela me toca e me mata e me torce e me faz ouvir discos inteiros incessantemente por dias a dio, me faz cantar de olhos fechados e os punhos cerrados deitada no escuro do meu quarto, me faz aprender uma língua que não sei só para poder cantar "Ne Me Quitte Pas" direito, me faz escrever por noites e noites e noites só por causa de uma frase. A frase pode nem ser dela, mas parece que tudo que vem dela, é dela. (...) Ela rouba as músicas e ninguém nunca consegue pegar de volta.

Disco 01: http://www.mediafire.com/?evab2m5k1qs (76 MB- 160kps)
Flight of the Conchords é uma dulpa formada pelos ex-flatmates Bret McKenzie e Jemaine Clement que se conheceram enquanto cursavam Cinema e Teatro na Victoria University em Wellington - a capital neozelandesa. Assim que os dois juntaram suas escovas de dente, também juntaram suas idéias non-sense com um tanto de poder de observação, criatividade, bom gosto musical e mais um punhado de falta de propósito na vida.
Foi que foi que, por entre os perrengues da vida de estudante, surgiu a dupla como uma brincadeira de faculdade e desde 1998 eles se dedicam a rir da cara dos outros e, por consequência, fazem os outros rirem (deliciosamente) também.
No entanto, como não conheço o seriado e tampouco a extensa lista de premiações dos moços - sei que ganharam o Grammy esse ano por melhor álbum de comédia - vou me restringir a indicar o último cd dos caras, que leva o mesmo nome da banda.
Primeiro, não foi fácil achar essa porra pra download. Segundo, valeu a pena quase um mês procurando. Eu poderia dizer que é um daqueles discos que você escuta por semanas seguidas e consegue soltar gargalhadas em todas as faixas, seja pelas frases de efeito (oh my God/ she's so hot/ she's like a curry), pela sensualidade de cantores de churrascaria presente em todos os vocais, pelas ótimas tentativas de agudos-a-la-Mariah-Carrey ou pelas impagáveis paródias do mundo artístico.
Por um lado, se as letras fazem sua barriga doer de tanto rir, os arranjos vão fazer seu queixo cair e vão te lembrar coisas como Jamiroquai, Jack Johnson, Neil Young ou Trio Los Del Rio, dependendo da música.
É o tipo de coisa que só ouvindo mesmo. E, cuidado, Flight of the Conchords é extremamente viciante, gruda na cabeça e é certo que você vai começar a rezar todas as noites para que o novo cd da dupla saia logo. E vai rezar pra santo que você nem conhece.
No mais, McKenzie e Clement são caras bacanas, apesar de sexualmente repelentes - e fazerem disso um ponto mais que positivo - são originalmente talentosos e muito, muito bons artistas.
E eu duvido que eles aprenderam tudo isso na faculdade.
THE VERVE - Forth
JAKOB DYLAN (do Wallflowers) - Seeing Things
CONOR OBERST (do BRIGHT EYES) - Self-titled (80 MB)
ESPERANZA SPALDING - Esperanza (93 MB)

"A Legítima Companhia Fantasma" (57 MB)
http://www.mediafire.com/?zkzaypeujog
"Carne de Pescoço" (54 MB)
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site oficial *** myspace
por RÉGIS MARTINS,
Imaginem vocês a surpresa que foi para tantos milhares de fãs e críticos ao darem seu primeiro play em Bringing It All Back Home e descobrir, logo na primeira faixa, “Subterranean Homesick Blues”, a explosão das guitarras elétricas saindo dos amplificadores, a letra despirocada e surreal, composta num fluxo de consciência e cantada com uma pressa frenética, tudo com uma eletrizante banda de rock and roll fazendo um barulho da porra lá atrás... Em 2 minutos, o mundo ficava sabendo que tudo havia mudado e que uma revolução brusca havia sido instaurada na carreira de Bob Dylan. Ele havia abraçado o rock and roll, as drogas psicodélicas e a poesia lúdica e a-política. Que heresia!

CURUMIN, Japan Pop Show
MACACO BONG, Artista Igual Pedreiro
ROCK ROCKET, idem
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Mais porradas em favor de um roquenrou mais alcóolatra e inconsequente.

- conheça a vertente psicodélica do reggae, na qual a base rítmica é reforçada e camadas e mais camadas de efeitos completam a viagem -
O Ministério da Saúde não adverte, mas deveria: ouvir muito dub causa desorientação total e absoluta na mente. O impacto é tanto que periga fazer com que você, chapadíssimo, tenha vontade de ligar para uma Nasa imaginária e dizer: "Kingston, nós temos um problema". A vertente psicodélica do reggae é assim: faz com que qualquer um se sinta perdido no espaço. A culpa é de alguns cientistas loucos disfarçados de engenheiros de som e produtores, pioneiros como King Tubby, Coxsone Dodd, Lee Perry e Prince Jammy, entre outros, que pegaram uma tradição jamaicana - o lado B de um compacto quase sempre vinha com a versão instrumental da música, para que o público ou o MC pudesse cantar por cima - e viajaram até onde homem algum jamais tinha estado. Usando o estúdio como um instrumento e geralmente contando com a ajuda de uma certa fumaça mágica, eles começaram a subverter a ordem natural das músicas, reforçando a base rítmica (baixo e bateria) e tirando e botando as partes consideradas secundárias (teclados, guitarras etc.) ao seu bel-prazer. A isso, acrescentaram um arsenal de efeitos (principalmente ecos), que só fez aumentar o aspecto hipnótico desse som. Nasceu assim o dub, que acabou se tornando um dos subgêneros mais populares do reggae, um som tão viajante que acabou indo parar muito além da Jamaica, influenciando boa parte da música pop e, principalmente, a cultura dance. Afinal, foi graças aos experimentos dub que surgiram os remixes, tão populares hoje em dia. Para não se perder no universo em movimento do estilo, é bom você se guiar por alguns discos fundamentais. E encará-los como estrelas que brilham e desaparecem num céu... Ops, Kingston, nós continuamos com problemas.

ASWAD, Hulet (1979) - O mais completo grupo de reggae de todos os tempos, o inglês Aswad flexiona os músculos neste disco que não é exclusivamente de dub (como A New Chapter Of Dub, outro monumento especial da sua discografia), mas que usa as sutilezas e ambiências do estilo para criar uma obra de inspiração soul. Quando Hulet foi lançado, o Aswad não tinha o formato que o consagrou - o trio Brinsley Forde, Drummie Zeb e Tony Gad - e ainda era um quinteto, completado pelo baixista Ras Lev e o guitarrista Donald Benjamin. A qualidade da assinatura Aswad, porém, é mantida de qualquer forma. O disco é uma ponte imaginária ligando Londres, Kingston e Detroit, terra da Motown e da soul music. Ouça a bela "Can't Walk The Streets" e confirme: Hulet é uma obra-prima do dub melódico. Show! - DOWNLOAD: http://tinyurl.com/5qey6m.
AUGUSTUS PABLO, King Tubby Meets Rockers Uptown (1976) - Um clássico, por tudo e por todos. Pela banda, formada por Robbie Shakespeare, China Smith e Aston 'Family Man' Barret; pela mixagem mágica do mestre King Tubby, um dos pais do dub; e, claro, pelo órgão e timbre encantador da melócida (um teclado tocado por sopro) do genial rasta Augustus Pablo, falecido recentemente. Para sentir o poder do tirmo junto à massa jamaicana: a música que abre o disco, "Baby I Love You So", virou hit e superou o original de Jacob Miller, que tinha vocais e formato "normais". Lento como os movimentos numa noite de verão e sedutor como um sonho bom, este disco é peça fundamental em qualquer discoteca dub. - DOWNLOAD: http://tinyurl.com/5oyn9c.
MASSIVE ATTACK VS. MAD PROFESSOR, No Protection (1995) - Sempre foi nítida a influência do dub no som chapante do Massive Attack e no trip-hop em geral - basta ouvir o que fazem Portishead e Tricky. Mas em No Protection, o grupo de Bristol leva tudo às últimas consequências, graças à dobradinha com Mad Professor, craque do dub feito na Inglaterra. No disco, o "Professor" vira ao avesso as músicas de Protection, o segundo trabalho do Massive Attack, que se transforma num rolo compressor de efeitos que, ei, não estavam aqui antes. Para completar a festa, ainda há os vocais de Tricky, Nicollete, Horace Andy e Tracey Horn (do Everything But The Girl) flutuando por toda a parte e que servem para lembrar como eram as canções originais. - DOWNLOAD: http://tinyurl.com/58dtf4