quarta-feira, 8 de julho de 2009

:: Chris Joss ::


Manual de uma festinha moderna
– Por Marco Souza –

Aqueles que acompanham o sensacional Blog do Nirso já devem conhecer essa nova pérola de 2009. Para os que não acompanham (comecem a acessar ) apresento aqui o último trabalho de Chris Joss: Sticks, um instrumental funkjazzeado tirado dos anos 60 e 70. 

O francês em questão é um produtor-multinstrumentista-autodidata que montou esse ótimo disco, ideal para colocar naquela festinha bacanuda em sua casa. O LP abre com bateria, baixo, orgão e cítara(!) num clima lounge relax, que é quebrado por um refrão muito bem ritmado e demasiado grudento. A faixa "Little Nature" se mantém com sutis solos de guitarra e baixo, além de suaves vocais. Perfeita composição pra receber a galera.

Em "Surrounded" o orgão Hammond queima solto a lá Mr. Medeski. Incersões de flauta e solos de guitarra constrõem essa trilha, que irá fazer todos mexerem os quadris, ou no mínimo a cabeça.

É recomendado um LSD para os convidados entrarem no clima de psicodélia moderna-retro(-caipira?) de "Charmer". Tudo no melhor timbre acústico de violão. As palminhas começarão a tomar conta da festança em "Danger Buds" com os outros clichês sonoros (muito bem empregados) de pianos e sax.

Um dos fortes de Chriss Joss são as excelentes linhas e timbres de baixo, que carregados de swingue dão o tom no álbum inteiro e em "Rififi Rococco" elas têm o seu ápice. Em contraponto a cítara novamente dá um tom oriental e distinto a todo o conjunto, mas sem perder o caráter dançante. Chega a hora da vitamina rápida "Root Juice" pra ninguém perder o pique.

No ponto alto da festa tem de se manter a diversidade, num ambiente mais intimista em que são adicionados pequenos ruídos não pelo estranhamento, mas pra tudo ficar perfeito. Clima de meia luz deve acompanhar o misterioso funk-sci-fi "Melisma Mercury". Depois disso a segunda parte começa.

Para aqueles ainda empolgados recomeçamos com "Night Scare" que, a partir de baixo acústico e bateria, gradativamente traz o pessoal de volta à quebradeira sonora. No clímax, quem não dançou vai dançar, e quem já dançou vai quebrar tudo. Cuidado.

Hora de baixar o tom, se acomodar no sofá e ter um descanso merecido com "Tune Down". Com todo mundo levemente recuperado chega o momento de cantar junto os "uás" e "dadas" da contagiante "Zingy Twangs", para a empolgação não acabar. Seguindo deve-se utilizar uma faixa tranquila, de preferência uma versão leve do que tocou, "A Soft Reprise", pra cada um aproveitar sua viagem de forma tranquila, uns bêbados, outros apagados.

"Tea Age Sea" é servido no fim. Aqui não temos a empolgação da festa, mas uma precisa faixa de despedida, mais lenta e comedida, porém com o todo o groove, além da cítara, que marca o disco. Pra quem quiser manter a festa, sempre existe o botão repeat.

DOWNLOAD: 61 Mb - 12 Faixas

*imagens tiradas do clipe de "Danger Buds"

Um comentário:

Anônimo disse...
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