segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Festival Vaca Amarela, 11ª edição, vem aí: 7 e 8 de Setembro, em Goiânia, 30 bandas!


O Vaca Amarela, entrando em sua 2ª década de vida, vem aí!

Depois de 10 edições anuais consecutivas que o consolidaram como um dos grandes festivais independentes brasileiros, enriquecendo a cena de Goiânia ao somar-se a Bananada, Goiânia Noise e Tatoo Rock Fest, o Vaca chega em 2012 a seu 11º fervo. O evento é organizado pela Fósforo Cultural - ponto Fora-do-Eixo em Goiânia - e eis os 30 shows que integram a programação musical (além dela, vão rolar conferências, mostras-de-cinema e muitos outros agitos):

Sexta-Feira — 07/09

00:30 Móveis Coloniais de Acaju (DF)
23:30 Chimpanzés de Gaveta
22:30 MC Rashid (SP)
21:30 Cambriana
21:00 Sapabonde (DF)
20:30 Barfly
20:00 Ultravespa
19:30 Brown-Há (DF)
19:00 Calango Nego (Part. Lulu Monamour)
18:30 Mortão + VMG
18:00 New Old Folks
17:30 Pó de Ser
17:00 Caramuru
16:30 Hazzi
16:00 Macacos me mordam, eles vão se matar! (Ap. de Goiânia)

Sábado — 08/09

00:30 Ratos de Porão (SP)
23:30 Black Drawing Chalks
22:30 Motosierra (URU)
21:30 Daniel Belleza e os Corações em Fúria (SP)
21:00 Mugo
20:30 Johnny Suxxx n' the Fucking Boys
20:00 Overfuzz
19:30 Aurora Rules
19:00 Kamura
18:30 Dry
18:00 Chacina
17:30 Cherry Devil
17:00 Slow Bleeding (DF)
16:30 Revolted (Anápolis)
16:00 Old Place

Confira abaixo as DUAS MIXTAPES e ouça o som de muitas das bandas que sobem ao palco do Vaca!


Enquanto isso, os coletivos, os produtores, os artistas e o público vão agilizando um cenário inédito para a música brasileira com a Rede Brasil de Festivais Independentes, que promete englobar 107 festivais, 88 cidades, 6 mil artistas. Confira o teaser!


A arte do Vaca Amarela deste ano ficou a cargo do artista goiano Oscar Fortunato [http://www.oscarfortunato.com/], autor de "campanhas" que colorem as ruas da capital de Goiás como o "Carnes Exóticas" e o "Pessoas Soltas". Segue o textaço do cara sobre sua criação:
"Quando os indios cansados dos banquetes de carnes de macacos, cobras, jacarés e portugueses avistaram aqueles "montes de carne", mal conseguiram dormir direito naquela noite. Chegavam de Cabo Verde os primeiros ruminantes que, em pouco tempo, tomariam conta da paisagem. Mas a fila dos fast-food anda, literalmente cronometrada e dependente das descendentes daquelas caboverdianas que fascinaram nossos silvícolas na aurora dessa tosca República.
E as vacas foram se multiplicando, obedecendo com rigor o preceito biblíco, a ponto de existirem mais delas do que nós, nessa terra varonil; embora a maioria delas terminará em uma mesa perto de você.
Caluniadas e difamadas, essas senhoras cornudas cansadas de seus trágicos finais invadiram nosso mundo lúdico com suas caras simpáticas e orelhas imensas. Existem ainda aqueles que se divertem com seus sofrimentos, mas como diria meu amigo maestro "você pode tirar o homem de Mozarlândia, mas não pode tirar Mozarlândia do homem".
Como vegetariano, tenho as vacas da mesma maneira que um elefante, pois não vejo neles o pão que sacia a minha fome. E sempre tive carinho com elas. Sempre as achei simpáticas, sejam pretas, brancas, azuis ou até mesmo a saltadora pasoliniana que dá nome a este festival.
Em todo o meu trabalho, tenho o dito do maestro como guia. Não quero fugir da minha Mozarlândia, pode ser que meus buritis tenham poucos sabiás e que as aves nem gorjeiem como as de lá, mas lhe entendo seus cantos e suas lamúrias e elas fazem sentido ao coração, pois o que vai pela cabeça nem o faz. Nessa lógica, me apropriei das máscaras de chifres ornados que colorem as Cavalhadas, evento de origem pagã que incrivelmente resistiu ao tempo nesse lugar em que as ruínas são mais velozes.
Juntei um pouco de rock e arte de rua para chegar na imagem que, na minha concepção iconográfica, somasse todo o meu discurso. E acredito ter alcançado o meu intento. Repetindo mais uma vez meu amigo regente: "Fugir de Mozarlândia é besteira..."
OSCAR FORTUNATO

Relembre como foi o Vaca Amarela do ano passado neste documentário [http://youtu.be/RRqbBuxib6M] e se prepare: Setembro tem mais!

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