"STONE TEMPLE PILOTS (2010)"
:: O mito do eterno retorno ::
Marcado pela confluência de todas as décadas marcantes ever, os anos 00 tem aquela coisa meio de um pouco de tudo, um pouco de nada. Há bandas que soam como as dos anos 60, 70, 80, 90 e até como as dos anos 00. Há diferença entre os riffs vintage de nosso amigo Jack White e os genuínos blueseiros dos anos 30 e 40 que ele tanto tenta reverenciar? Essa depredadora aqui acredita muito nisso. Daí a diferença entre a volta atual de grupos que trazem elementos dos anos 90 e uma banda que ressurge dessa mesma época e traz algo realmente decente, não um arremedo de um revival. Sim, estamos falando dos Stone Temple Pilots e seu mais novo álbum, que merecidamente leva o nome da própria banda.
Entre o rock cru de “Core” – do qual saiu a multiplatinada “ Plush”, essa sim considerada um arremedo do grunge das paradas da época - e “Purple” e a liberação musical-sexual de “Tiny Music... Songs from the Vatican Gift Shop”, o STP se firmou como uma das grandes bandas dos anos 90. “Creep”, “Wicked Garden”, “Sex Type Thing” e outras pérolas marcaram toda uma geração MTV de camisas de flanela. Apesar de não terminar a década nada bem, com o lançamento dos pouco expressivos “N.o 4” e “Shangri-Laa Dee Daa” , há no grupo elementos essenciais para considerar ouvir esse álbum do grande retorno: riffs de um bom hard rock, a urgência simplista do grunge e, ao mesmo tempo, melodias cantaroláveis que aproximam a sonoridade de um pop bem do decente.
Dê ao Stone, portanto, o benefício da dúvida e o depredador-ouvinte poderá comprovar que o retorno caiu muito bem. Há belos solos e riffs muito bem colocados, como no caso de “Hikory Dichotomy” e “Hazy Daze”; baladas roqueiras redentoras como “Dare If You Dare” e “Maver”; bom expoentes do mais puro grunge (se é que isso existe, rá) e sua escalda de acordes dissonantes, como “Take A Load Off” e “Between the Lines” – essa, com um declarado flerte à sonoridade de “Tiny Music...”
Parece, já nas primeiras ouvidas, uma das grandes surpresas do ano. Pra mim, especialmente, há um elemento “prova dos nove” essencial nesse “Stone Temple Pilots”: desde que coloquei os fones nele a primeira vez, não consegui mais parar de ouvir.
E olha que o álbum nem saiu: http://migre.me/HEFg
Tweet
3 comentários:
É isso ae, Ann!
Até chorei com esse.
Massa, Ana! Um dos álbuns que eu mais ansiosamente esperava neste 2010, de uma das bandas que eu mais curti na adolescência. Nem sabia que já tava rolando este super-stream, valeu pela descoberta! :)
DWLD: http://www.mediafire.com/?zzlfzwlmhtt
Postar um comentário