quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

<<< bolivarismo bônguico >>>


"Hoy son la mejor banda independiente de Brasil": é este o pitaco da Rolling Stone argentina sobre o Macaco Bong, e não somos nós que iremos discordar. Ao que parece, o power-trio de Cuiabá começou com merecido impacto a disseminar seu som e idéario América Latina afora: tocaram recentemente no Niceto, em Buenos Aires (que estava bombado), e num festival em Valparaíso, no Chile.

Nada mal para uma banda instrumental altamente experimental, doidona e groovy em doses equivalentes (ambas cavalares...), e que têm agilizado uns esquemas de deixar boquiaberto (e de bico calado) aqueles que duvidavam dos imensos potenciais de todos os projetos fora-do-eixo.

Se você ainda não baixou Artista Igual Pedreiro, não durma no ponto: restam poucas dúvidas de que a história há de entronar este álbum como um dos mais fundamentais pilares para o rock brasileiro dos últimos anos, um ponto-de-virada que ajudou a pôr em marcha algo de novo que só estamos começando a desvendar onde é que vai dar... Afinal, nós, os vivos hoje, somos apenas os primitivos de uma cultura nova que virá! (como tio McLuhan costumava ensinar...)

Em suma, fica a boa nova: massa demais este intercâmbio Mercosul rolando de modo cada vez mais intenso! Estreitemos cada vez mais os contatos com nossos hermanitos! Que mais bandas brazucas possam circular pelo continente, e que possamos receber muita arte latino-americana por aqui também! 


Acima: Macaco Bong no encerramento do Goiânia Noise 2010, lá no Câmpus da UFG, durante o show "Futurível" (que contou com a presença ilustre de Gilberto Gil), frente a um público que eu calculo chutando numas 20.000 pessoas.

Um comentário:

depredando disse...

uma versão deste texto foi publicada lá no site "turnês fora do eixo"; aqui, ó: http://bit.ly/fCso5q.