DE DEPREDAÇÕES
LOS AMIGOS INVISIBLES,
direto de CARACAS, Venezuela.
Som: Funk, disco music, lounge mais latinices em geral e um pouco de acid jazz.
Histórico: Formado em 1995, o sexteto causou furor na insípida cena Venezuela com seu primeiro disco, A Typical And Autoctonal Venezuelan Dance Band. Soava como dance, mas usava guitarras elétricas; podia ser rock, mas tinha congas e um balanço incomum ao estilo. Como o reconhecimento esperado não veio, a banda mudou-se para Nova York em 1997, certa de que os gringos iriam valorizá-la mais do que os conterrâneos. Funcionou: o ex-Talking Heads David Byrne, sempre de olho no caldeirão terceiro-mundista, arregimentou o grupo para sua gravadora (Luaka Bop). No mesmo ano, fizeram a estréia fora de seu país natal, The New Sounds Of Venezuelan Gozadera, que recebeu boas resenhas nas revistas americanas. Arepa 3000, o trabalho seguinte, reforçou a boa receptividade da crítica para com a banda – só falta o público descobrir também que eles são muito bons.
Pra Quem Gosta de: Red Hot Chilli Peppers das antigas, Banda Black Rio, Stereo MC's.
(Bizz – março 2001)
*****
Disco Essencial:
Arepa 3.000 - A Venezuelan Journey Into Space
por EMERSON GASPERIN
(na Bizz, Dez 2000)
Quem procura sabe da dificuldade que é encontrar algum nome contemporâneo que ainda faça som festeiro sem recorrer somente a efeitos eletrônicos, scratches ou batidas sintéticas. Los Amigos Invisibles é para esse tipo de gente. Em seu 2º disco, o combo venezuelano mostra novamente que sim, é possível ser balançante (no sentido James Brown da coisa) e atual ao mesmo tempo – basta ter tino para dosar os ingredientes. Arepa 3000, como a estréia da banda (The New Sounds Of Venezuelan Gozadera, de 1997), explora à exaustão várias vertentes musicais dançantes – lounge, funk, ritmos latinos, house, disco music.
Tal versatilidade, somada ao capricho maior que o sexteto dedicou aos refrãos dessa vez, torna o álbum um deleite do início ao fim. É tamanha a maestria do grupo de fazer o povo se mexer que até parece que já um DJ na formação. Uma hora, teclados ordinários e astral de boate dominam o cenário, como em “La Vecina” ou “Caliente”; em outra, quem dá o tom é o suingue de “Qué Rico” ou “Cuchi Cuchi”. Recheando a farra, levadas que remetem a Chilli Peppers fase BloodSugarSexMagik ou a Santana envelhecido em martini (“Fonnovo”, “Mujer Policia”, “Si Estuvieras Aqui”, “Domingo Echao”). Fica a reflexão: quando até a Venezuela esfrega na nossa cara uma banda para representá-la com louvor na cena pop mundial, é porque a situação anda mesmo desesperadora.
http://www.mediafire.com/?5bjqib6gmvz
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