:: SLEATER-KINNEY FOR DUMMIES ::
por Eduardo Carli
por Eduardo Carli
Deve haver algum rótulo psicanalítico horroroso para descrever meu estado - compulsão obsessiva ou fixação no objeto libidinal, quem sabe? - mas eu prefiro descomplicar e dizer: com o Sleater-Kinney, tenho faz anos um tórrido love affair, plenamente correspondido e altamente recompensador, e que pra mim nada tem de patológico. Sleater-Kinney é vida!
Como não amar um punk rock tão empolgante e inflamado, cantado e tocado com uma emoção tão autêntica, turbinado com militância política e comentário social, e que ainda por cima é fruto de três garotas tão irresistivelmente cool? Desde o dia em que pela primeira vez ouvi "You're No Rock and Roll Fun" (um dos meus pet-sounds eternos para um air guitar e um karaokê-esganiçado no chuveiro...), desde a noite em que a melodia de "Little Babies" me deu uma insônia dos diabos por ser tão malditamente inesquecível, desde os momentos em que o crescendo e a catarse absurdos de "Step Aside" me lembraram de que o rock'n'roll é capaz de nos arrancar lágrimas, desde... bem, desde muito tempo atrás que eu guardo esta bandaça como uma das mais queridas de todas as que já conheci.
Nasceram em Olympia, Washington, na Costa do Pacífico, Noroeste dos EUA - cidade já celebrada pelo Rancid numa grande canção de ...And Out Come The Wolves. A princípio, foram uma banda restrita à cena riot grlll, rotulada com a reducionista etiqueta de "punk feminista", na onda do Bikini Kill e seus clones. Mas, a partir de Dig Me Out (1997), o primeiro dos clássicos, provaram ser algo bem mais colossal do que o feminismo e o punk - simplesmente, uma das grandes bandas de rock da América. A revista SPIN, por exemplo, não teve pudores de elegê-lo um dos 40 álbuns da década de 90 (merecidamente). Flertando com a new wave, com o grunge, com a Motown, lançaram mais um punhado de álbuns sensacionais: The Hot Rock e All Hands All The Bad One, clássicos modestos, e One Beat e The Woods, clássicos estrondosos. Em 2005, depois de conquistada uma fama considerável (estavam abrindo shows do Pearl Jam e aparecendo na TV nos David Lettermans da vida), declararam um hiato por tempo indefinido. Enquanto aguardamos, torcendo, o retorno de uma das mais apaixonantes bandas destas duas últimas décadas, é tempo de passear pelos 7 álbuns que as meninas nos deixaram (presentaços)...
Choque-se [shock yourself!] ao notar que um mero power trio (e de "menininhas"!) fabrica uma sonzeira de tão alta voltagem que ganha adjetivos como "colossal" e "monumental" na boca de críticos e fãs. Surpreenda-se notando que nem sente a falta de um contra-baixo na receita, tão certeiros, espertos e criativos são os riffs, licks e pirações da genial Carrie Browstein (recentemente eleita uma das 12 melhores guitarristas-de-calcinha da história do rock). Sinta calafrios na espinha com os gritos primais e as melodias doces e os blues anfetaminados que Corin Tucker, uma das mais comovedoras vozes femininas já a dar o ar de sua graça em disco, tira de seu abençoado gogó. Admire em êxtase enquanto a voz principal vai "transando" com a mais frágil e tímida cantoria de Carrie (The Hot Rock é quase um filme erótico-cult...), tudo ritmado pela batera-ciborgue e infalívelJanet Weiss.
Trago aqui uma coletinha - Sleater-Kinney For Dummies - com 15 sons que considero essenciais para quem ainda não conhece esta preciosidade de banda: privilegiando as musiquetas mais grudentas e fáceis de amar-à-primeira-ouvida, de várias fases e tendências, desde o riot grll primário de "I Wanna Be Your Joey Ramone", do começo de carreira, até as tendências mais épicas/Led-Zeppelianas de One Beat e The Woods. E pra não dizer que tamos miguelando disco, vai aí, além do ...For Dummies, o resto da discografia das moças.
Como não amar um punk rock tão empolgante e inflamado, cantado e tocado com uma emoção tão autêntica, turbinado com militância política e comentário social, e que ainda por cima é fruto de três garotas tão irresistivelmente cool? Desde o dia em que pela primeira vez ouvi "You're No Rock and Roll Fun" (um dos meus pet-sounds eternos para um air guitar e um karaokê-esganiçado no chuveiro...), desde a noite em que a melodia de "Little Babies" me deu uma insônia dos diabos por ser tão malditamente inesquecível, desde os momentos em que o crescendo e a catarse absurdos de "Step Aside" me lembraram de que o rock'n'roll é capaz de nos arrancar lágrimas, desde... bem, desde muito tempo atrás que eu guardo esta bandaça como uma das mais queridas de todas as que já conheci.
Nasceram em Olympia, Washington, na Costa do Pacífico, Noroeste dos EUA - cidade já celebrada pelo Rancid numa grande canção de ...And Out Come The Wolves. A princípio, foram uma banda restrita à cena riot grlll, rotulada com a reducionista etiqueta de "punk feminista", na onda do Bikini Kill e seus clones. Mas, a partir de Dig Me Out (1997), o primeiro dos clássicos, provaram ser algo bem mais colossal do que o feminismo e o punk - simplesmente, uma das grandes bandas de rock da América. A revista SPIN, por exemplo, não teve pudores de elegê-lo um dos 40 álbuns da década de 90 (merecidamente). Flertando com a new wave, com o grunge, com a Motown, lançaram mais um punhado de álbuns sensacionais: The Hot Rock e All Hands All The Bad One, clássicos modestos, e One Beat e The Woods, clássicos estrondosos. Em 2005, depois de conquistada uma fama considerável (estavam abrindo shows do Pearl Jam e aparecendo na TV nos David Lettermans da vida), declararam um hiato por tempo indefinido. Enquanto aguardamos, torcendo, o retorno de uma das mais apaixonantes bandas destas duas últimas décadas, é tempo de passear pelos 7 álbuns que as meninas nos deixaram (presentaços)...
Choque-se [shock yourself!] ao notar que um mero power trio (e de "menininhas"!) fabrica uma sonzeira de tão alta voltagem que ganha adjetivos como "colossal" e "monumental" na boca de críticos e fãs. Surpreenda-se notando que nem sente a falta de um contra-baixo na receita, tão certeiros, espertos e criativos são os riffs, licks e pirações da genial Carrie Browstein (recentemente eleita uma das 12 melhores guitarristas-de-calcinha da história do rock). Sinta calafrios na espinha com os gritos primais e as melodias doces e os blues anfetaminados que Corin Tucker, uma das mais comovedoras vozes femininas já a dar o ar de sua graça em disco, tira de seu abençoado gogó. Admire em êxtase enquanto a voz principal vai "transando" com a mais frágil e tímida cantoria de Carrie (The Hot Rock é quase um filme erótico-cult...), tudo ritmado pela batera-ciborgue e infalívelJanet Weiss.
Trago aqui uma coletinha - Sleater-Kinney For Dummies - com 15 sons que considero essenciais para quem ainda não conhece esta preciosidade de banda: privilegiando as musiquetas mais grudentas e fáceis de amar-à-primeira-ouvida, de várias fases e tendências, desde o riot grll primário de "I Wanna Be Your Joey Ramone", do começo de carreira, até as tendências mais épicas/Led-Zeppelianas de One Beat e The Woods. E pra não dizer que tamos miguelando disco, vai aí, além do ...For Dummies, o resto da discografia das moças.
Voilà:
GREATEST HITS [Seleção Depredando] - Sleater-Kinney For Dummies: 01) you're no rock and roll fun; 02) step aside; 03) little babies; 04) i wanna be your joey ramone; 05) oh!; 06) rollercoaster; 07) all hands on the bad one; 08) ballad of a ladyman; 09) get up; 10) wilderness; 11) end of you; 12) jumpers; 13) hollywood ending; 14) leave you behind; 15) sympathy.
DOWNLOAD: http://www.mediafire.com/?xn2qfyt133y
DOWNLOAD: http://www.mediafire.com/?xn2qfyt133y
1995 - Sleater-Kinney
1996 - Call The Doctor
1997 - Dig Me Out
1999 - The Hot Rock
2000 - All Hands On The Bad One
2002 - One Beat
2005 - The Woods
2 comentários:
Sleater-Kinney!
\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/
Thanks a bunch! It has been forever since I've heard Dig Me Out! Thanks! ... Here is something for you, if you want: http://sharebee.com/33ee1213
Postar um comentário