quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
:: the sixties countdown is on! ::
:: os 10 melhores dos anos 60...- #10 ::
LUGAR
"Let It Bleed" (1969)
O QUE FAZER EM CASO DE CORTE? DEIXE SANGRAR!
O fim dos anos 60 foi um período tumultuoso e altamente zicado para os Rolling Stones. Em junho de 1969 é anunciado que o guitarrista Brian Jones, membro fundador da banda e uma das maiores forças criativas do começo do grupo, havia abandonado o barco. Após haver perdido seu papel de liderança com a progressiva colaboração de Jagger e Richards na composição, e depois de ter tomado um pé na bunda de sua namorada Anita, Jones acabou deslizando para um estilo de vida repleto bebedeiras, pílulas e auto-piedade. Não houve alternativa senão despedi-lo. No dia 2 de Julho do mesmo ano, pouco após sua demissão, o cadáver de Brian Jones é encontrado numa piscina em sua casa interiorana em Sussex com suspeitas de falecimento por overdose - um óbito envolvido em mistério até hoje.
Além da desventura canábica de Jagger e Faithfull e da morte de Jones, os Stones também tinham amargado, no ano anterior, um fracasso audio-visual. Em 1968, a BBC gravava um especial de Natal com a banda, o The Rolling Stones Rock and Roll Circus, contando com as presenças ilustres de John Lennon e Yoko Ono, The Who, Jethro Tull, Taj Mahal e Ken Kesey – sem falar no cast coadjuvante de domadores de leão, palhaços e malabaristas. Sucesso garantido, certo? Que nada. O programa não vai ao ar e permanece inédito por décadas.
Bandas já sobreviveram à perda de membros-chave, a problemas com a justiça por causa de entorpecentes e a projetos extra-musicais fracassados, mas os Stones tiveram que lidar com ainda outros contratempos e desventuras além destes. Num festival de rock em Altamont, em dezembro de 1969, a coisa ficou ainda mais feia. “Can one death destroy a dream?”, pergunta-se Mark Paytress ao escrever sobre o ocorrido, e responde que sim, uma morte é capaz de estragar todo um sonho, especialmente quando ela ocorre no reduto hippie de São Francisco, nos anos finais do movimento flower power, quando os Beatles estavam prestes a se separar (com Lennon dizendo, melancólico, the dream is over...) e a "família" de Charles Manson estava espalhando por aí o sangue e as vísceras - inclusive de estrelas de Hollywood como Sharon Tate, a esposa de Roman Polanski, assassinada grávida.
Quando Mick Jagger iniciava o disco já a pleno vapor com um dos maiores clássicos da banda, “Gimme Shelter”, berrando no refrão que “a guerra, crianças, está só a um tiro de distância”, parecia fazer uma referência não só à Guerra do Vietnã, que dominava então os noticiários, como às próprias experiências sangrentas que tinham presenciado de cima do palco. Apesar de não estar nada impregnada do espírito otimista e florido dos hippies, a música acabava soando quase otimista quando Mick, modificando o refrão da música, dizia que “o amor, crianças, está só a um beijo de distância”, quase como se dissesse à juventude, antes de Lennon: make love, not war.
Sobrevivendo aos duros tempos ao fim da década de 60, os Stones entrariam na nova década, após a dissolução dos Beatles, quase incontestes em seu status de maior banda de rock and roll do mundo – o Led Zeppelin, que acabara de iniciar sua carreira, ainda era uma fresca novidade que não ameaçava este Monstro Róquico mais que consolidado que eram os Rolling Stones. Livres da concorrência invencível vinda de Liverpool, os Stones se sentiriam mais relaxados em sua posição privilegiada - e não fariam feio entrando nos anos 70 com dois álbuns igualmente clássicos, Sticky Fingers (1971) e Exile On Main Street (1972). Tinham chegado ao topo da montanha e olhavam lá de cima todas as outras bandas de rock do mundo, que dali em diante passariam a tentar galgar os degraus para alcançá-los lá, on top of the world...
DOWNLOAD (mp3 de 192kps - 9 faixas - 57MB):
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
:: Joan ::
[1] - "I've called it Punk Rock R&B but American Soul Music is better, I feel like my music is the melding of the two styles I love most - Soul, that whole encompassing Al Green, Nina Simone and Isaac Hayes, and then all the stuff that came from Punk like The Smiths, the Grifters and Siouxsie Sioux..."
[2] - "...rock moved very easily into punk for me. I loved X, the Stooges, the Minutemen. In town there was an all-ages punk rock club, The Anthrax: thank god for this club! It changed my life." Here Joan witnessed the likes of Sonic Youth, Black Flag and Bad Brains, "who all blew my mind".
[3] - "Because I don't have to deal with basic everyday survival, like killing for food and not freezing to death my music is about [laughs] love and loss. Beyond that, it's about finding a way to be truthful with myself, after a really long time running away from myself. From becoming an adult, facing fears without fear, or with fear but being fine with it. To trust yourself enough to admit how you're feeling, which takes a lot of patience. This record is about learning to be real. Real clear."
Wasser was also Jeff Buckley's partner from 1994 up to his death, and though it's undoubtedly creepy to speculate about someone's private grief, this loss feels key to her subsequent development. Although she'd contributed to songs in the Dambuilders, it was only really in the wake of Buckley's death-- first performing alongside his band as Black Beetle, then on her own-- that she purposefully began songwriting.
You wouldn't have to know the biography to detect connections. This isn't to imply some simplistic one-way influence, but rather to suggest a more mysterious musical affinity. (...)Emerging from grief, stepping into the light, Real Life feels like a wonderfully fresh start."
domingo, 27 de janeiro de 2008
:: Blue Cheer ::
:: BLUE CHEER – Vincebus Eruptum (1968)
“Essa é a altura em que tudo se torna heavy. O nome da banda foi inspirado num tipo de LSD (que, por sua vez, recebeu o nome de um detergente!) e este trio de São Francisco incrivelmente enérgico apostou num rock'n'roll ruidoso no álbum de estréia. Desta forma, preparou o terreno para todo o tipo de propostas, desde os Stooges até o Led Zeppelin, desde o heavy metal até o rock experimental. De fato, ao londo dos anos 60 existiu um incontável número de bandas de garagem e de música psicodélica que criaram um ruído selvagem, mas nenhuma delas o fez com a intensidade extrema de feedback do Blue Cheer. Não foi ao acaso que receberam o epíteto “mais ruidosos do que Deus”.
Na primeira vez que os Blue Cheer tentaram gravar Vincebus Eruptum, estragaram a mesa de mixagem. Mas, com as devidas precauções, acabaram por conseguir registrar as músicas no melhor disco de sua carreira. O álbum é composto por 4 temas originais e duas versões: uma leitura demolidora e “suja” de “Summertime Blues” de Eddie Cochran (superando a versão soberba do The Who) e o clássico de blues “Rock Me Baby”. A dita canção situou-se entre os 20 primeiros lugares da lista de vendas dos EUA, um fato surpreendente para uma banda que pretendia superar os limites de volume e os relacionados com a técnica musical. Não se pode dizer que fossem propriamente os melhores intérpretes da época, mas os seus solos improvisados, o ruído absoluto ligeiramente controlado e os gritos impetuosos de Dickie Peterson continham uma espécie de magia verdadeiramente hipnótica.
Este é um dos pontos mais altos da etapa inicial da música heavy: desde a lindíssima capa de cor prateada e roxa até o seu espírito louco mas brilhante.” - 1.001 DISCOS PARA OUVIR ANTES DE MORRER
DOWNLOAD (mp3 de 160kps - 43 MB):
http://www.mediafire.com/?dzb2ytctwco
:: mal aê! ::
:: O Peso ::
da série: RARIDADES DO ROCK NACIONAL DAZANTIGA!
:: O PESO - "Em Busca do Tempo Perdido" (1975)
Grupo de rock formado por Luís Carlos Porto (voz), Gabriel O'Meara (guitarra), Constant Papineau (piano), Carlos Scart (baixo) e Carlos Graça (bateria) na cidade do Rio de Janeiro em 1974. A história do grupo começou em 1972, quando Luís Carlos e seu parceiro Antônio Fernando foram do Ceará para o Rio para participar do "VII FIC", com a música "O pente". Após essa participação, a dupla se dissolveu, mas Luís Carlos fez vários contatos com músicos da cidade. Dois anos depois, retornaria ao Rio e formaria o conjunto. Em 1975, o grupo assinou pela Polydor e lançou o LP "Em busca do tempo perdido", no qual mesclava elementos do blues e do rock. No mesmo ano, lançou também um compacto. No final dos anos 70, o grupo encerrou as atividades, retomando-as em 1984, com a revitalização do rock no Brasil, contando apenas com Luís Carlos da formação original. Nesse período, apresentou-se em shows, nos quais rememorava seu antigo repertório. Não lançou mais discos." - Dicionário C Albin de MPB
DOWNLOAD (mp3 de 192kps - 70MB):
http://www.mediafire.com/?2monnd3jw0n
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Stone Temple Pilots
[1996] Tiny Music... Songs From Vatican Gift Shop
O terceiro álbum da carreira do Stone Temple Pilots foi concebido em meio às mais diversas turbulências. O vocalista Scott Weiland passava por sérios problemas pessoais: naquela época, Scott estava fazendo procissão entre as clínicas de reabilitação para viciados em narcóticos, e a cadeia.
Sua vida estava totalmente desgovernada, pois numa semana ele aparecia em entrevistas declarando que estava "limpo" e na semana seguinte, era surpreendido comprando drogas. No auge de sua crise chegou a fugir da clínica onde cumpria sua reabilitação, dizendo que iria comprar um hambúrguer. No meio desse caos todo em que se encontrava a vida de Scott Weiland, e conseqüentemente da banda também, nasceu Tiny Music, o álbum mais complacente da história da banda. Moldado como uma obra, peça a peça, nos mínimos detalhes pelos artesãos do STP, Tiny Music agrada por suas músicas suaves, e chega a angustiar por suas canções pesadas que equilibram o álbum, sem torná-lo monótono, depressivo ou vertiginoso em excesso.
Na época, boatos de todos os tipos correram o mundo musical, afirmando que Scott não havia colocado um dedo sequer na elaboração do álbum por causa de seu problema com as drogas. Alguns boatos diziam que os irmãos DeLeo seriam os responsáveis pela composição das músicas, mas com pena de Weiland, creditaram todas elas em seu nome. Também diziam que Scott havia composto a maioria das letras durante o tempo que esteve na prisão. Enfim, muitos boatos foram soltos na imprensa, mas o que seria do rock sem essas controvérsias? Chegaram a acusá-lo de bigamia. Em certa ocasião Scott afirmou: "Vocês fazem mais do que eu jamais conseguiria para manter a lenda viva".
Tiny Music trouxe verdadeiros desabafos de Scott em suas letras, carregadas de referências às drogas, e à sua conturbada vida sentimental. O que dizer de músicas como "Tumble In the Rough" onde os seguintes versos são cantados: "Eu estou procurando por uma nova meditação, ainda procurando uma nova maneira para voar, e não uma nova maneira de morrer?". Ou a categórica "Pop’s Love Suicide": "Oh, I'm in love suicide, about a pop star homicide". E a frase de "Adhesive" que serviu e servirá sempre que algum ícone do rock 'n' roll morrer: "Sell more records if I'm dead". Sim, está correto, uma banda sempre acaba vendendo mais discos quando o vocalista morre.
O encarte do álbum, e um programa especial produzido pela MTV Americana deram o tom do que realmente aconteceu: os irmãos Dean e Robert juntamente com Scott, o baterista Eric e o produtor reuniram-se durante semanas numa mansão em Santa Ynez na Califórnia para gravar Tiny Music. O responsável pela produção foi Brendan O'Brien, companheiro de longa data do Pearl Jam, banda a qual o STP sempre foi muito comparado e acusado injustamente de ser um "clone" deles.
Foram semanas criando sons, acrescentando instrumentos que deram a ótica e o tom nostálgico característico desse álbum. Uma dimensão de sonhos foi criada com o baixo de seis cordas agilmente tocado por Robert. As guitarras onipresentes de Dean acrescentaram subversões e melodia. E Eric Kretz esteve impossível com sua bateria seca nas músicas mais pesadas, porém ressonante nas músicas mais poéticas. Agressividade e suavidade. O Stone Temple Pilots sempre flertou com esse estilo ambíguo, híbrido e mais artístico do rock 'n' roll. Por fim, Tiny Music não é apenas um disco de uma banda grunge. É uma obra de arte para ser apreciada com os ouvidos, com os olhos, com o coração.
Texto extraído do site Dying Days
DOWNLOAD: Mediafire - mp3 de 192 kbps - 53 MB Tweet
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
:: Nina Nastasia ::
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"Nina Nastasia's rare gift of a voice is an intimate, winged presence that is able to either freeze or melt your heart, that can powerfully soar and twist, or brush ultra-gently against you, suddenly summoning goose bumps. Mojo commented on its ability to "suck the air out of the room". Picking over themes of love, longing and loss, childhood, dreams and human dramas, her beautifully concise, hook-laden songwriting and the spare arrangements of her band have a certain gritty, rustic charm and intensity. Simultaneously tough and fragile, her songs crackle and smoulder with an intimate emotional honesty and a dark undertow." - FATCAT
"On Leaving" (2006) - 41 MB
http://www.mediafire.com/?5zz4qjo1xuj
"Run To Ruin" (2003) - 42 MB
http://www.mediafire.com/?2wgjoomyymn
"The Blackened Air" (2002) - 69 MB
http://www.mediafire.com/?ejmtz2zmcrv
"Dogs" (2000) - 49 MB
http://www.mediafire.com/?5ynjyvjmgvj
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
:: Skunk Anansie ::
:: SKUNK ANANSIE – Post Orgasmic Chill (1999)
"Após 2 álbuns bem acolhidos na gravadora indie One Little Indian, a estréia do Skunk Anansie numa grande gravadora era aguardada com expectativa para ver se o grupo conseguia chegar ao topo. A Virgin forneceu o dinheiro necessário para que a banda pudesse gravar o seu esperado 3o álbum nos estúdios Bearsville e Clinton, em Nova Yorke. Mas, apesar de uma destacada aparição no festival Glastonbury em 1999, não foi o ano que todos esperavam para a banda.
A vocalista Skin, de cabeça rapada e tiradas destemidas, tinha-se convertido na porta-voz do mais radical feminismo negro na Grã-Bretanha; um tema como “Charlie Big Potato” investe contra a egocêntrica hierarquia masculina e marca o tom do álbum. A revista Q definiu-o como “guerra sônica alimentada por auto-falantes”.
Apesar de Post Orgasmic Chill ter se revelado o canto do cisne dos Skunk Anansie, permanece como uma afirmação triunfante que merece uma vênia.” - 1.001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer
DOWNLOAD (MP3 de 192 kps - 87 MB):
:: criaturas da indielândia (pt 3) ::
Tiê música E.p.1 é seu primeiro trabalho, com quatro músicas, que fazem parte de uma vida que está só começando... Onde ela quer chegar? Ela não fala...ela canta." - Tiêmúsica.com
DOWNLOAD - "E.P. 1" (mp3 de 160kps - 4 faixas - 13 MB):
http://www.mediafire.com/?1baoz2tlvzp
domingo, 20 de janeiro de 2008
sábado, 19 de janeiro de 2008
:: Tom, Vinicius, Toquinho e Miucha ::
:: VINICIUS DE MORAES, TOM JOBIM, TOQUINHO E MIÚCHA
:: Ao Vivo no Canecão - 1977
1) Abertura: • Estamos aí (Tom Jobim-Vinicius de Moraes-Chico Buarque) • Dia da criação (Vinicius de Moraes) • Tarde em Itapuã (Toquinho-Vinicius de Moraes) • Gente humilde (Garoto-Vinicius de Moraes-Chico Buarque)
2) Carta ao Tom (Toquinho - Vinicius de Moraes) • Carta do Tom (Toquinho-Tom Jobim-Chico Buarque-Vinicius de Moraes)
3) Corcovado (Tom Jobim)
4) Wave (Tom Jobim)
5) Pela luz dos olhos teus (Vinicius de Moraes)
6) Saia do caminho (Evaldo Ruy - Custódio Mesquita)
7) Samba pra Vinicius (Chico Buarque - Toquinho) • Vai levando (Chico Buarque-Caetano Veloso)
8) Água de beber (Tom Jobim - Vinicius de Moraes) • Garota de Ipanema (Tom Jobim-Vinicius de Moraes) • Sei lá (a vida tem sempre razão) (Toquinho-Vinicius de Moraes)
9) Minha namorada (Carlos Lyra - Vinicius de Moraes)
10) Chega de saudade (Tom Jobim - Vinicius de Moraes) • Se todos fossem iguais a você (Tom Jobim-Vinicius de Moraes)• Final: Estamos aí (Tom Jobim-Vinicius de Moraes-Toquinho-Chico Buarque-Aloli)
DOWNLOAD (mp3 de 192kps - 63 MB - 10 faixas - 47min):
http://www.mediafire.com/?ezditiyzmjt
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
:: Grant Hart ::
:: "Intolerance", "Ecce Homo" e "Good News For The Modern Man"
Grant Hart, um dos grandes gênios do punk-rock oitentista à frente do Hüsker Dü, tem uma das carreiras-solo mais injustamente subestimadas do rock moderno. Vale mó a pena conhecer, ouçam o que digo! Aí vão seus 3 trabalhos-solo, todos muito legais... E aqui tem uma entrevista de primeira com o cara.
"Intolerance" (1989) - (44 MB)
http://www.mediafire.com/?7szmm9y9ycm
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"Ecce Homo" (1996) - (35 MB)
http://www.mediafire.com/?3ajtjjqbox2
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"Good News For The Modern Man" (1999) - (46 MB)
http://www.mediafire.com/?3i5unmtmv2i
(p.s.: Pagamos uma recompensa (em dinheiro!) muito boa para quem nos arranjar as MP3 do "Last Days Of Pompeii" do Nova Mob - não conseguimos achar na net de jeito nenhum...)
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
:: The Go-Go's ::
THE GO-GO'S – Beauty and the Beat (1981) - "As Go-GOs foram herdeiras de uma tradição de grupos femininos cujas origens podiam remontar ao Sangri-La dos anos 60, junto das californianas Runaways. “Foi como a história da Cinderela”, disse Belinde Carlisle. “Nem sequer sabíamos tocar os instrumentos quando começamos. Forças desconhecidas propulsionaram-nos até o estrelato”. Beauty and the Beat passou 6 semanas no topo da tabela da Billboard. O álbum é um casamento embriagante de atitude punk e sensibilidade pop. Greil Marcus descreveu o álbum como “maravilhoso... mesmo que o ouvinte nunca desça até o que está por baixo da superfície, permanecerá satisfeito.” As letras sugerem uma banda transbordante de hedonismo californiano. Mas as Go-Gos eram mais do que o sugerido pela sua imagem. “This Town”, uma ode ostensiva a Los Angeles, contêm observações mais sombrias que viriam a ser a causa da ruptura da banda, entre drogas e autodestruição." - 1.001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer
Pra quem gosta de: Blondie, Elastica, Hole, Pipettes, new wave.
Download: http://www.mediafire.com/?a4xmm0og5wm
:: BOOST PRA INDIELÂNDIA (II) ::
VISITANTES: UM GRITO AO QUARTETO, FEITO DE LIMO DOS PRÉDIOS E SALIVA DE MOTOBIKERS ASSASSINOS. COM UM TWIST DE COPACABANA.
“O ano era 2004 e o orkut bomba. Wasted Nation se me surge na comunidade de bandas independentes do Brasil, colocando Nirvana, Pixies e Mutantes pela primeira vez numa mesma linha. O cabeludo Fábio Cardelli e eu começamos a scrapear. No ano seguinte, Morte Cerebral já habita a minha lista de mais tocadas e a ouço finalmente ao vivo no Fradique 37, juntamente com outros blues arrítmicos de vocais delayantes. Corte seco para o fim de 2006: o elemento químico Wn (Wanádio) passa pelo clichesístico teste do segundo disco. E este que vos escreve, se oferece, conspícua e desonestamente, para fazer um faixa-a-faixa do lançamento. Vindo de tempos difíceis, em meio a tempos difíceis, recebo em mãos o álbum branco "Tempos Difíceis". Em busca de um milagre instantâneo, simbiotizo-me com o disco e nos transformamos em uma trilha sonora de nós mesmos. Pouco mais de meia hora de música se desenha em loops de horas, e o disco forma uma imagem nítida em minha retina cerebral após uma dúzia de audições. A magistral "Comensal" inicia os trabalhos em grande estilo, entre sutis pianos e guitarras em meio a desmoronamentos de compassos. "Como Sempre" resgata o carnaval das pornochanchadas e do período militar em perfeito tropicalismo da década zero zero. "Acalanto" funde o barroco ao frevo, retomando o legado narrativo do sul da linha imaginária do Equador. "Caminho do Nenhum" reconstitui a alvorada de um grunge morfínico em uma tarde de sábado onde o horizonte é a bandeira do japão. "Amnésia" desopila as mentes no branco da metade do encarte. "Tempos Difíceis", a canção, é um whiskey blues trovadorístico com nuances trôpegas soladas em valsas e sopros uivantes e contos medievais de ninar. E então, a épica "Visitantes", a ode ao belo minimalismo e à reflexão infinita iconofágica. Música para ouvir seu organismo funcionar e seu coração parar de bater por frações de segundos. Justa e poderosa é a força da música que assume o nome da banda, como a criatura que fagocita o criador. E agora, em 2007, Visitantes continuam cunhando sua própria música, tangenciando todo e qualquer movimento calculado de tendências e modas em nome da geração espontânea de sua cultura homemade. Parco é aquele que tateia palavras pré-selecionadas para classificar estes sons ainda não inventados; sensato é aquele que ouve Visitantes em prisma lindamente difuso e aproveita a maçã.” Ricardo Lacerad
01-Comensal (4:22)
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
"Basta o primeiro fraseado de Flora Purim, na introdução da faixa de abertura (“Morte de Um Deus de Sal”) deste disco de estréia (“Flora É M.P.M.”), para comprovar que Flora Purim cantava de um modo completamente diferente de todas as outras cantoras da época. Quase nenhuma influência nem mesmo das intérpretes que admirava, como Sylvia Telles, Alaide Costa e Maysa. Nada da inexpressividade de Nara Leão, equivocadamente considerada “musa” da bossa nova por quem ainda hoje tenta vender a idéia de um “movimento nascido nos apartamentos de Copacabana”, ao invés de entender (e aceitar) a bossa como criação espontânea do baiano João Gilberto. Ou seja: Flora realmente já fazia, em setembro de 1964, data da gravação deste “Flora É M.P.M.”, a Música Popular Moderna originária da sigla estampada no título do hoje histórico LP. Trabalho agora relançado - pela primeira vez oficialmente - em CD, depois de “merecer” diversas edições piratas na Europa.
Como o cantar de Flora não se encaixava nos padrões vigentes, o disco foi execrado pela maioria dos críticos. Os mais cordatos apenas trataram de ignora-lo. Nada muito diferente da agressividade manifestada, na década seguinte, após a definitiva consagração internacional da artista, eleita “cantora revelação” pelos críticos da Down Beat – a Bíblia do jazz – em 1974. Naquele mesmo ano, os leitores da mesma revista apontaram a brasileira como a melhor cantora de jazz do mundo, à frente de Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Carmen McRae e Betty Carter! Proeza que, para desespero dos puristas, se repetiu por mais cinco anos, com um impacto comparável somente ao de Billie Holiday nos anos 40, segundo atestou o historiador Leonard Feather em célebre artigo no jornal Los Angeles Times. Uma fase de sucesso que durou até a chegada da onda retrô, pregada por Wynton Marsalis e seus neo-boppers, que trouxeram de volta ao jazz o conservadorismo, o academicismo e, pior de tudo, o racismo (agora contra os brancos...)
Filha do romeno Naum Purim (violinista amador, fã de Stephane Grappelli, companheiro de Fafá Lemos e Djalma Ferreira em serestas no bairro do Catete) com a pernambucana Rachel (pianista que incutiu na filha o amor pelo jazz), a carioca Flora nasceu (em 6 de março de 1942) e cresceu ouvindo Erroll Garner, Art Tatum, Oscar Peterson e Thelonious Monk. Dos 8 aos 12, estudou piano clássico. Depois, violão com Oscar Castro-Neves. Ainda adolescente, formou, ao lado da irmã Yana, um conjunto vocal que tinha Luiz Eça, então ilustre desconhecido, como arranjador. Casou-se com o psicanalista Ary Band, tiveram uma filha, Niura, e, para alívio da família, Flora passou apenas a sonhar com música. Até conhecer, numa visita ao Bottle’s Bar, no Beco das Garrafas, o já famoso baterista Dom Um Romão...
A paixão avassaladora fez a cantora romper o casamento – para tristeza da tradicional comunidade judaica - e instalar-se com sonhos & bagagens no apartamento de Dom Um na Rua Domingos Ferreira, no coração de Copacabana. Certa noite, inconformado, o pai de Flora chegou, armado, ao Bottle’s Bar, disposto a acabar com a vida do músico. Por sorte, errou o tiro. Mas não sossegou até internar a filha para fazer sonoterapia, com a esperança de que esquecesse “aquele negro”. Não adiantou. E foi no meio de toda essa turbulência que a moça, depois de um período como crooner da orquestra do Maestro Cipó, conseguiu - por intermédio de Romão e do jornalista Sergio Porto (vulgo Stanislaw Ponte Preta) - um contrato com a RCA. Em três sessões, em setembro de 64, sob a produção de Dom Um, gravou material suficiente para um LP e um compacto-duplo. Tudo isso agora reunido neste CD, junto com alternates takes - totalmente inéditos – das músicas “Gente” e “Preciso Aprender A Ser Só”.
“Flora É M.P.M” conta com um dream-team de arranjadores (Cipó, Luiz Eça, Waltel Branco, Osmar Milito, Paulo Moura) e músicos. Para início de conversa, Dom Um convocou seus colegas do Copa Trio: o pianista Dom Salvador (ainda chamado de Salvador Filho) e o baixista Manuel Gusmão. Grupo que, sob a liderança do saxofonista João Theodoro Meirelles, e reforçado pelo trompetista Pedro Paulo, se transformaria no Copa 5, força-motriz do “Samba Esquema Novo” de Jorge Ben. Meirelles e Pedro Paulo também foram convocados para o disco de Flora, integrando uma big-band com três trompetes (Pedro, Hamilton e Formiga), quatro trombones (Norato, Raul de Souza, Macaxeira, Pala) e seis saxofones (Paulo Moura no sax-alto, Cipó e Meirelles nos tenores, Netinho, Sandoval e Aurino Ferreira nos barítonos).
No repertório do LP, cinco temas da peça “Pobre Menina Rica”, de Lyra & Vinicius (“Cartão de Visita”, “Sabe Você”, “Maria Moita”, “Samba do Carioca”, “Primavera”), três canções de um rapaz que se assinava Eduardo Lobo (“Definitivamente”, “Reza”, “Borandá”), duas parcerias de Menescal & Boscôli (“A Morte de Um Deus de Sal”, “Nem O Mar Sabia”), e uma composição de Waldyr Gama (“Se Fosse Com Você”). No compacto, duas dos irmãos Marcos & Paulo Sergio Valle (“Preciso Aprender A Ser Só”, “Gente”), uma de Wilson Simonal & José Luiz (“Jeito Bom de Sofrer”) e uma de Lyra & Boscoli (“Barquinho de Papel”).
(...) Na verdade, amostras de um talento ainda em fase de aperfeiçoamento, que atingiria sua maturidade nos Estados Unidos, para onde Flora mudou-se em 1967, já com novo amor no coração e na música, o percussionista Airto Moreira. Juntos, integraram a banda de Gil Evans e o grupo Return To Forever, de Chick Corea. Gravaram com Carlos Santana, Duke Pearson, Cannonball Adderley e Lee Oskar. Contratada pela Milestone Records em 73, enquanto Airto brilhava no cast da CTI, Flora gravou seis excepcionais álbuns produzidos por Orrin Keepnews. Jóias do quilate de “Butterfly Dreams”, “Stories To Tell” e “500 Miles High At Montreux”. Depois de cumprir pena por porte de drogas, assinou contrato milionário com a Warner em 76. Nos anos 80, passou pelos selos Concord e Virgin, enveredou pela world-music (com seu grupo Fourth World) e pelo acid-jazz (“Speed of Light”) em sessões para a companhia inglesa B&W nos anos 90. Recentemente assinou com o selo Narada Jazz, pelo qual lançou, em 2001, o elogiado “Perpetual Emotion”. Em termos discográficos, “Flora É M.P.M.” representa o marco inicial de tão brilhante trajetória."
DOWNLOAD (MP3 de 192 kps - 58MB):
http://www.mediafire.com/?5mw2mgxmcdm
sábado, 12 de janeiro de 2008
:: Joe Strummer
:: JOE STRUMMER & THE MESCALEROS
:: Global A Go-Go e Streetcore
"Joe Strummer, desde que formou o Clash no início de 76, tinha algo de especial no seu jeito Humphrey Bogart e sua performance eletrificada. Desde seus primeiros passos com a banda 101 'ers ( uma banda que tocava garage rock pelos pubs londrinos de 74/76), todos que o viam empunhando sua inseparável guitarra Fender Telecaster já sentiam que aquele era o cara. O Clash acabou se tornando uma química perfeita, quando chegou à sua formação clássica com seu parceiro Mick Jones na guitara e vocal, Paul Simonon no baixo e Topper Headon na bateria. (...) Durante o V2000, o festival de verão inglês, que aconteceu em agosto daquele ano, tive a oportunidade de entrevistar e conhecer pessoalmente meu ídolo. Um cara totalmente descontraído e muito à vontade quando falou comigo, comentando que o novo disco que estavam terminando e que sairia no ano seguinte, seria intitulado "Global A Go Go". Joe sempre foi um cara preocupado com as questões políticas de vários povos, principalmente seus irmãos jamaicanos, com quem tinha uma amizade muito grande. Nesse dia que o entrevistei, Joe estava com alguns DJs jamaicanos que me apresentou e falava sobre os problemas do povo na Jamaica e de um festival beneficente que estavam organizando para angariar fundos..." - KID VINIL na Whiplash!
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"Global a Go-Go is the second album by Joe Strummer and The Mescaleros, displaying trademark genre-melding folk-rock and Strummer's unique lyrical style. As the title suggests, there are world music influences on the album, mostly on the title track and "Bhindhi Bhagee", a celebration of the "humble" but diverse and exciting ethnic and multi-cultural areas of London and other major cities. The album is heavy on acoustic instruments, especially in the instrumental "Minstrel Boy," an almost 18 minute long arrangement of a traditional Irish song. Other topics covered include Strummer's radio show, which was broadcast on the BBC World Service (Global a Go-Go) and left-wing political issues Strummer was well-known for expounding as a member of The Clash. The album was well-received by critics and fans, making much more of an impact than the group's previous effort Rock Art and the X-Ray Style. The title track "Global A Go-Go" features backing vocals from longtime friend of Strummer, Roger Daltrey. Pete Townshend is also rumoured to be buried in the mix of "Minstrel Boy", but this has never been positively confirmed. A different version of "Minstrel Boy" was used as the closing track on the Ridley Scott film Black Hawk Down, this film version is significantly shorter and does feature the actual lyrics to the song. Likewise, "Mondo Bongo" is featured in the Doug Liman film Mr. & Mrs. Smith. The lead track "Johnny Appleseed" is the opening theme to the HBO show John from Cincinnati. The "Minstrel Boy" track is also known as the "Worldcom Dirge" after being featured in a commercial by the soon-to be-bankrupt telecommunications company." - WIKIPÉDIA
"Como é que ninguém nunca me falou que Joe Strummer solo prestava? Presta. E como presta! Antes eu pensava que o The Clash tinha gastado toda a genialidade que tinha nos anos 70, cometendo aqueles três álbuns perfeitos que, pra mim, já colocam a banda entre as cinco melhores daquela década, mas que depois se desencaminhou... A maldição de ter composto um clássico do tamanho do London Calling acabou sendo um fardo muito grande nos ombros de Joe, Mick e companhia - e eles nunca chegaram perto de compor um sucessor à altura. Tudo bem que os mega-hits cláshicos são dos anos 80 ("Should I Stay Or Should I Go" e "Rock The Casbah"), mas o Sandinista!, apesar de uma meia dúzia de músicas brilhantes, é chato, excessivo, pedante, pouco rock and roll - e com certeza não precisava ser um disco triplo interminável. Os outros álbuns oitentistas do Clash também considero muito fracos comparados com os dos anos 70. Pois então: pra mim, o fodaço Global A Go-Go, do Joe Strummer & The Mescaleros, é o disco que o Clash devia ter feito depois do London Calling. Puta disco foda. Chamar de punk é pouco: isso é world music, reggae, dub, folk, música latina e mais uma pá de coisas. Baixei a discografia completa e tô gostando de quase tudo. Aliás, boa dica: está pra ser lançado o promissor documentário Joe Strummer: The Future Is Unwritten, dirigido pelo Julien Temple, o cara por trás das câmeras no ótimo O Lixo e A Fúria, aquele sobre os Sex Pistols..." - do Dirty Little Mummie
:: Little Richard
No verão de 1955 o rock and roll tomava conta de todas as rádios, com Fats Domino, Ray Charles, Chuck Berry e Bo Diddley chegando aos primeiros lugares do top. Pronto para entrar na onda do rock'n'oll, Art Rupe da Especiality Records pediu a seu caçador de talentos, Bumps Brlackwell, que encontrasse um cantor que se assemelhasse a Ray Charles. Sabendo por onde procurar, dirigiu-se ao legendário Drew Pop Inn, Nova Orleans, e encontrou um extravagante (e bem humorado) cantor de blues e pianista que respondia ao nome de Little Richard Penniman. Em Setembro tinha já convencido Richard a gravar no pequeno estúdio de Cosimo Matassa, o J&M Studio, onde fizeram história com um pequeno Ampex de apenas uma pista.
"Foi dele o primeiro disco que comprei na vida: 'Here's Little Richard'. Tinha oito anos e minha irmã mais velha vivia me alugando, só ouvia João Gilberto. Eu achava aquilo um saco, aquela coisa 'o pato, vinha cantando alegremente, quém, quém... (risos) Aí um dia, andando com meu pai pela rua Chile, que fica no centro de Salvador, passei em frente a uma loja e ouvi: 'A-wop-bop-a-loo-bop-bop-a-op-bam-boom'. Fiquei chapado com aquela voz , pedi dinheiro pro meu pai e comprei. Ele tinha uma vitrola "Emerson" em casa....Aí subi no sofá de molas da D. Hélia, minha mãe, e mandei ver o Little Richard no talo. Foi uma festa." MARCELO NOVA.
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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
PJ Harvey
[1992] Dry
No início de sua carreira, em 1991, Polly deixa a pequena Yeovil com destino a Londres, onde forma um trio com Rob Ellis (bateria, backing vocals) e o baixista Ian Olliver, que em seguida é substituído por Stephen Vaughan. O conjunto, porém, levava o nome da vocalista, pois segundo Polly, era evidente que seria mais um projeto temporário do que uma banda. Depois de alguns meses, a banda grava uma fita demo, que vai parar nas mãos da gravadora Too Pure, que imediatamente assina com eles, lançando o single "Dress" em seguida. O single entra em alta rotação no programa de John Peel na BBC e a banda é convidada a se apresentar ao vivo no programa, apresentando uma energética performance.
Para gravar o primeiro álbum, Polly Jean escolhe os estúdios Icehouse, em Yeovil. O disco fica pronto antes do fim do ano, mas o primeiro single "Sheela-Na-Gig" é lançado somente em fevereiro do ano seguinte, aumentando ainda mais a expectativa para o disco que seria lançado um mês depois. "Dry" chega às lojas causando grande impacto no circuito independente britânico. A sonoridade remonta desde o pós-punk até influências de blues, mas sobretudo o que se destaca é a presença de Polly Jean Harvey, sua maturidade como compositora, suas letras e atitude.
Seu álbum de estréia rendeu a cantora popularidade no Reino Unido e sua imagem masculinizada, devido a seu isolamento no Dorset, onde convivia com uma presença masculina maior, aliada a suas canções, criaram um rótulo feminista para PJ, que admite que na época, sob um ponto de vista, seu trabalho poderia sim ser considerado como engajado em causas femininas. Naquela época, PJ explorou temas instrínsecos a sexualidade feminina e ganhou notoriedade aos 21 anos ao retratar com maturidade e sinceridade temas complexos de forma crua e direta.
Em 1992 tiveram ainda a primeira turnê em larga escala pela Europa e Estados Unidos, entre eles uma apresentação no Reading Festival. No fim do ano, a revista Rolling Stone escolheu Polly Jean Harvey como "songwriter of the year" e a Too Pure's lança a gravação da primeira apresentação da banda no programa de John Peel.
Texto parcialmente extraído do site Dying Days
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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
:: Todd Rundgren ::
"1972 was a tremendous year for Todd Rundgren. His double album release, Something/Anything?, spawned two singles, "Hello It's Me" and "I Saw The Light". Both were artistic and commerical successes, as was the entire album (it eventually would go gold and remain Rundgren's bestselling release to date). The man was on track for superstardom.
Which is precisely why it is so amazing that one year later he would turn around and shoot himself in the foot with this collection of demented songs, odd noises, chopped-up of photographs the female anatomy and short, bizarre musical ideas. A Wizard, A True Star is Todd Rundgren's Smiley Smile or When the Madcap Laughs, a fascinating window into the process of a rock star coming off his peak and feeling the decay set in.
A Wizard, A True Star isn't a perfect record, but it's pretty darn close. Fans of pop music will surely enjoy this, as Rundgren is one of the real masters of the style; but those who enjoy more avant-garde or unusual fare may find much to relish as well. The album is a compromise between art and commercialism; it succeeds to a degree few other of its type do." - texto extraído do "Ground and Sky"
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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Buzzcocks
[1979] Singles Going Steady
Um dos discos que eu mais ouvi na minha vida. O show desses caras que eu assisti no ano passado (foto acima) foi algo que eu não queria que acabasse nunca. Porra como essa banda pode ser tão desconhecida, de Nirvana a Green Day todos ajoelham aos pés dessa grande banda.
Segue um texto descritivo extraído do blog Indústria Fantasma:
Formada em 1976 na cidade industrial de Manchester, na Inglaterra, o Buzzcocks foram tão importantes para o punk rock britânico quanto o Sex Pistols e o The Clash. As melodias cativantes de Pete Shelley (v/g/k); Steve Diggle (g/v); Steve Garvey (b) e John Maher (d) influenciaram muitas bandas atuais (nem sempre boas influências, mas enfim). Lançada em setembro de 1979, esta coletânea reúne os oito singles que o Buzzcocks havia lançado até então, incluindo os lados B. São 16 faixas, sendo que boa parte delas não havia saído em seus três primeiros álbuns: Another Music In A Different Kitchen (78), Love Bites (78) e A Different Kind Of Tension (79). Todos estes singles foram muito bem recebidos na época, enquanto que os álbuns não foram tão bem de vendas. Por isso, esta coletânea é considerada como a obra definitiva da banda. Ao menos é o trabalho mais popular. O clássico absoluto talvez seja a pervertida “Orgasm Addict”, mas o álbum ainda inclui “What Do I Get”, “I Don’t Mind”, “Everybody's Happy Nowadays”, "Why Can't I Touch It?", “Harmony In My Head” (cantada por Diggle), “Autonomy”, “Noise Annoys” e a ótima “Ever Fallen In Love” (regravada ano passado por um time de estrelas como David Gilmour, Peter Hook, Robert Plant , Roger Daltrey, entre outros, para uma homenagem ao mestre do rádio, John Peel, por ser uma de suas músicas prediletas). Canções de fácil assimilação e temas simples aliados a guitarras pegajosas e ao vocal descompromissado de Shelley formam a marca registrada da banda. Em 2001 foi lançada uma nova versão desta coletânea com oito faixas extras, extraídas dos quatro singles que a banda lançou em 1980. O grupo se dissolveu em 1981 quando se preparava para o quarto disco, e só foi reformulado novamente em 1989. Em 2006, a banda lançou seu oitavo trabalho oficial (descontando este Singles Going Steady), batizado de Flat-Pack Philosophy.
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
:: Sly and The Family Stone ::
“O rock positivo e multiracial do Sly and the Family Stone refletiu o otimismo do movimento pelos Direitos Civis durante os anos 60, mas à medida que o otimismo se desvanecia, ia-se transformando num radicalismo amargo. Por essa razão, Stone atravessou uma fase espiritual igualmente dolorosa. A obscuridade não era um elemento novo e único deste disco, nem da fusão pop do grupo; “Hot Fun In The Summertime” falava furtivamente dos distúrbios de Watts. Mas a piora das revoltas civis e a matança levada a cabo no Vietnam, juntamente com o seu estado emocional e o abuso de drogas, o que fez com que Stone criasse este discurso inquietante sobre o estado do país.
O álbum foi o produto resultante de inúmeras sessões e overdubs, nas quais Stone, completamente encharcado de cocaína, decidiu gastar as fitas de gravação. Dizem os rumores que Miles Davis tocou trompete no álbum e o som direto da bateria disputa algum espaço com caixas de ritmo primitivas; o baixo desconcerta solto e agressivo; as guitarras com wah wah cortam como facas afiadas. O ritmo pesado de funk que domina o álbum concede ainda mais pungência às peças pop mais melancólicas do disco, “Runnin' Away” e “You Caught Me Smilin'” - momentos de ternura e alíveio entre o funk derrotado e furioso. Êxitos antigos de Sly são referenciados, mais precisamente em “Time” e “Thank You”, o tema final.
Um diagnóstico doloroso e preciso da enfermidade dos EUA e da própria desintegração espiritual de Sly alienou muitos fãs da banda e assinalou a degradação de Sly causada pelo uso excessivo de drogas. Permanece, no entanto, um álbum brilhante, um grito funk que evidencia uma alma ferida e tensa.” texto extraído do 1000 Discos Para Ouvir Antes de Morrer (pg. 223).
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MEDIAFIRE
:: BACK TO BUSINESS! ::
Depois de breves e sentidas férias, 'tamos de volta a todo vapor pra continuar as depredações através desse blog Generoso e Caridoso e Limpo de Anúncios e (mto importante!) SEM FINS LUCRATIVOS. Foi malaê pelo sumiço, mas estive resolvendo problemas muitíssimos sérios que dizem respeito à minha sobrevivência física ameaçada por um possível e iminente Ataque Furioso das Autoridades Internéticas Supremas. Já pedi proteção para a Máfia, contratei guarda-costas e já falei com advogado pra fazer meu Testamento, deixando toda a minha enorme fortuna atual de 31 reais e 10 centavos pra os meus descendentes, pois agora - pasmem! - sou um cabra marcado pra morrer. Porque fiz inimizade com quem não devia... com Gente Graúda, que manda apagar neguinho como se fosse formiga... Fui EXCLUÍDO, CONVIDADO A ME RETIRAR, GENTILMENTE EXPULSO do Google AdSense por Comportamento Inadequado e Anti-Ético (quer dizer que eu não podia ficar clicando quinêm um retardado nos meus próprios anúncios, várias vezes ao dia, pra faturar um trocadinho ou outro dos bilhões que tu tem em caixa, seu Google?) - e agora faço parte da Lista Negra da empresa mais poderosa do Mundo Pós-Moderno. Se meu cadáver aparecer boiando em alguma represa malcheirosa por aí, todo furado de balas, vocês já sabem quem foi o Mandante do Crime. E sabem também que minha alma mercenária apodrecerá no inferno, urrando como uma possessa. Hoho!
E de hoje em diante, esse blog NUNCA foi um empreendimento com fins lucrativos. Nunca.
:: Cream ::
CREAM – "Disraeli Gears" (1967)
"Atualizando a ávida experimentação do seu álbum de estréia de 1966, Fresh Cream, com a inclusão de truques psicodélicos muito utilizados em 1967 – entre eles, o recém-depurado wah-wah e a distorção da guitarra – o trio de jazz-blues-rock Cream atingiu o ponto mais alto da sua carreira com Disraeli Gears. Considerado o primeiro supergrupo devido ao talento do guitarrista Eric Clapton, o baixista e cantor Jack Bruce e o baterista Peter “Ginger” Baker, com este álbum os Cream abriram as portas a muitos estilos musicais do futuro, incluindo a fusão do jazz e – na opinião de alguns – o rock progressivo.
A colagem fluorescente apresentada na capa do disco constitui um acompanhamento visual perfeito para a música vanguardista, começando pela extraordinária e dispersa “Strange Brew”, na qual a voz aguda de Bruce se sobrepõe à guitarra quase funk de Clapton, com uma economia etérea. As restantes faixas vão se apresentando, uma após outra, num crescendo de qualidade: “Sunshine Of Your Love” (que juntamente com “White Room” continua a ser a canção mais conhecida do grupo) serviu de inspiração ao único e verdadeiro rival contemporâneo de Clapton, Jimi Hendrix, que a converteu numa tormenta extraída da sua guitarra num concerto ao vivo. “Tales of Brave Ulysses” é um poema feroz, encharcado nos blues lacerantes saídos da guitarra de Clapton, enquanto na tradicional “Mothers Lament” os músicos reconhecem diretamente as suas influências.
Ainda que os Cream tenham ganho a sua reputação nos concertos ao vivo – o que é justificável: tocavam em palco como se estivessem possuídos pelo espírito de Robert Johnson e Charlie Parker – Disraeli Gears continua a ser o melhor disco da banda, sem diminuir a qualidade dos outros álbuns. É ainda uma fotografia instantânea que traduz fielmente a realidade de uma época única.” texto extraído do 1000 Discos Para Ouvir Antes de Morrer (pg. 110).
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quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Robert Johnson
"You want to know how good the blues can get? Well, this is it."
Keith Richards
[1961] King Of The Delta Blues Singers
Robert Johnson morreu, em 1938, sem conhecer a fama, logo ele que, boatava-se, havia feito um pacto com o capeta, numa encruzilhada do Mississipi. O produtor John Hammond o considerava o maior cantor de blues primitivo de todos os tempos. Quando estava organizando sua célebre série de concertos Spirituals to Swing, o primeiro a levar artistas negros ao Carnegie Hall, Hammond viajou até o Sul à procura de Robert Johnson, a fim de contratá-lo e comprar suas gravações para lançá-las pela Columbia, gravadora de que era produtor. Chegou muito tarde, Johnson já havia morrido, enquanto a lenda começava a nascer.
O bluesman estava com 26 anos quando começou a registrar sua pequena (29 blues) mas imensamente seminal obra. Eram apenas ele, seu violão,e o produtor Don Law, num estúdio tosco, em Robsonville, Mississipi. Foram cinco sessões. Três delas em novembro de 1936, e as demais em junho de 1937. Ele ganhou algumas centenas de dólares, na época uma fortuna para um músico negro no Sul dos EUA. Somente em 1961, a música de Robert Johnson alcançou o grande público, quando a Columbia lançou o álbum.
O impacto produzido por este disco foi parecido com o acontecido no Brasil quando se escutou pela primeira vez o violão de João Gilberto. O violão de Robert Johnson era diferente de qualquer coisa que se ouviu até então no blues. Enquanto cantava, ele ia mudando de andamento, atravessando o ritmo a cada estrofe, fazendo harmonia e percussão ao mesmo tempo.
Suas letras também eram bastante originais (hoje fazem parte do currículo de Literatura da Universidade da Virgínia). Os temas eram idênticos ao de tantos outros blues, em que o sofrimento e desilusões amorosas são a tônica. Porém Johnson ia mais longe: “Early this morning when you knocked upon my door/I said hello Satan, I believe it’s time to go/Me and the devil was walking side by side/ I’m going to beat my woman until I get satisfied” (Me and the devil blues).
King of the Delta Blues saiu fazendo amigos e influenciando pessoas nos EUA e Europa, mais precisamente na Inglaterra. Em 1963, não havia banda de blues inglesa que não tocasse pelo menos uma composição de Robert Johnson. Inventou o chamado blues do Delta (em referência ao Delta na foz do rio Mississipi).
Até hoje o resultado desta sessão é assustador: assistimos Johnson criar o blues que conhecemos à medida que canta músicas eternizadas por Eric Clapton, Led Zeppelin, Blues Brothers, Rolling Stones, entre outros. Não é preciso pensar porque dão o parentesco do rock ao coisa-ruim. Basta ouvir este disco e o ouvimos cantar e tocar. Morreu aos 27 anos, inaugurando o clube mórbido do qual mais tarde alguns astros do rock fariam parte.
Texto parcialmente extraído do site JC Online
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